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Estado de Minas

Dilma condena uso generalizado da for�a na ONU


postado em 24/09/2014 14:25

A presidente Dilma Rousseff inaugurou nesta quarta-feira a 69� Assembleia Geral das Na��es Unidas com um discurso em que acusou que a comunidade internacional de ser incapaz de lidar com antigos conflitos e impedir o surgimento de novas crises.

Neste contexto, Dilma afirmou que o Brasil est� pronto a dar sua contribui��o em um cen�rio de grandes desafios internacionais. Para a presidente brasileira, o ano de 2015 desponta como "um verdadeiro ponto de inflex�o" .

"Estou certa de que n�o nos furtaremos a cumprir, com coragem e lucidez, nossas altas responsabilidades na constru��o de uma ordem internacional alicer�ada na promo��o da Paz, no desenvolvimento sustent�vel, na redu��o da pobreza e da desigualdade", garantiu.

Em seu en�rgico discurso, Dilma afirmou que a gera��o de l�deres mundiais, � qual ela pr�pria pertence, foi "incapaz de resolver velhas disputas e evitar o surgimento de novas".

"O uso da for�a � incapaz de eliminar as causas profundas de conflito", acrescentou.

Dilma declarou que essa quest�o fica em evid�ncia na "persist�ncia da quest�o da Palestina, no massacre sistem�tico do povo s�rio, na tr�gica desestrutura��o nacional do Iraque, na inseguran�a na L�bia, nos conflitos no Sahel, assim como na Ucr�nia".

"Cada interven��o militar n�o nos permite caminhar na dire��o da paz, e sim no aprofundamento dos conflitos", ressaltou a presidente brasileira.

Esse recurso � for�a armada leva a uma "tr�gica prolifera��o no n�mero de v�timas civis e cat�strofes humanit�rias".

"N�o podemos permitir o aumento destes atos de barb�rie, que ferem nossos valores �ticos, morais e civilizat�rios", enfatizou.

Em apoio a uma j� conhecida posi��o da diplomacia brasileira, Dilma pressionou por uma reforma do Conselho de Seguran�a, que torne esta inst�ncia um representante mais fiel do mundo atual.

"O Conselho de Seguran�a tem dificuldades em promover solu��es pac�ficas para os conflitos. � necess�ria uma reforma profunda do Conselho para superar a paralisia atual. Este processo j� demorou muito".

O discurso de Dilma Rousseff, no primeiro dia da Assembleia Geral da ONU, acontece um dia depois de os Estados Unidos terem realizado ataques a�reos contra posi��es do grupo jihadista Estado Isl�mico (EI) na S�ria. A opera��o que virou o tema central da c�pula em Nova York.

Avan�os sociais

Dilma ainda destacou o Brasil como um pa�s democr�tico e mais inclusivo.

Um dos resultados desse processo social transformador foi a not�cia de que o Brasil saiu do mapa da fome da Organiza��o das Na��es Unidas para Alimenta��o e Agricultura (FAO).

Segundo Dilma, a valoriza��o dos sal�rios, o aumento dos empregos e as pol�ticas sociais e de transfer�ncia de renda reunidas no Plano Brasil Sem Mis�ria, tiraram 20 milh�es de pessoas da mis�ria durante o seu governo. Desde 2003, 36 milh�es sa�ram da pobreza extrema, segundo Dilma.

Ela tamb�m destacou que o Brasil atingiu as Metas do Mil�nio de redu��o da mortalidade infantil.

Dilma reiterou a import�ncia do uso de recursos finitos - como os do petr�leo do pr�-sal - em educa��o, conhecimento cient�fico e tecnol�gico e inova��o.

Ela informou dados que demonstram como o Brasil est� preparado para o cen�rio de volatilidade externa. Lembrou que o pa�s � hoje a s�tima maior economia do mundo, que a renda per capita mais que triplicou e que a desigualdade caiu. Al�m disso, os investimentos externos e em infraestrutura foram retomados e a situa��o fiscal � s�lida.

Mesmo com bons n�meros, Dilma afirmou que a crise atingiu o Brasil, de forma mais aguda, nos �ltimos anos. Para ela, a crise � uma consequ�ncia da falta de dinamismo da economia global.

A presidente brasileira tamb�m alertou que as principais institui��es financeiras internacionais, como o Fundo Monet�rio Internacional (FMI) e o Banco Mundial (BM), correm o risco de perder legitimidade e efic�cia.

Isso acontece, frisou, pela "disparidade entre a crescente import�ncia dos pa�ses em desenvolvimento na economia global, e sua insuficiente representa��o nos organismos financeiros".

"� inaceit�vel a demora em ampliar os direitos de voto dos pa�ses em desenvolvimento nessas institui��es", insistiu.

O grupo do Brics - Brasil, R�ssia, �ndia, China e �frica do Sul - pretende continuar esperando que essa reforma na representa��o dos organismos financeiros avance e j� deram passos concretos para elaborar sua pr�pria rede de prote��o, afirmou a presidente.

O grupo j� assinou acordos para o estabelecimento do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) e Acordo de Reservas, com fundos de 100 bilh�es de d�lares cada um.

O NBD ajudar� a atingir os objetivos de financiamento de infraestrutura do Brics e de outros pa�ses em desenvolvimento e o Acordo de Reserva "proteger� esses pa�ses da volatilidade financeira".

Dilma tamb�m reafirmou o empenho do Brasil no "combate sem tr�guas � corrup��o". Ela disse que o fim da impunidade e a melhora da fiscaliza��o s�o os caminhos para o fim dessa pr�tica. A presidenta citou a cria��o do Portal da Transpar�ncia, a aprova��o da Lei de Acesso � Informa��o e a cria��o de leis que punem corrupto e corruptor.

"O fortalecimento de tais institui��es � essencial para o aprimoramento de uma governan�a aberta e democr�tica".

Por fim, a sucessora de Lula pediu o compromisso dos pa�ses desenvolvidos com o desenvolvimento sustent�vel, definindo metas de financiamento e coopera��o cient�fica.

"A mudan�a do clima � um dos grandes desafios da atualidade. Necessitamos, para venc�-la, de sentido de urg�ncia, coragem pol�tica e o entendimento de que cada um dever� contribuir segundo os princ�pios da equidade e das responsabilidades comuns, por�m diferenciadas", defendeu.

Dilma lembrou o comprometimento brasileiro com a redu��o volunt�ria de emiss�es e a redu��o do desmatamento em 79% nos �ltimos dez anos.

Na ter�a-feira, durante a C�pula do Clima de Nova York, o Brasil se negou a assinar um documento propondo a redu��o do desmatamento no mundo pela metade at� 2030.

O compromisso foi assinado por mais de 30 pa�ses, incluindo Estados Unidos, Canad� e Uni�o Europeia, al�m de dezenas de empresas, organiza��es ambientalistas e grupos ind�genas.

O Minist�rio do Meio Ambiente alegou que o pa�s n�o havia sido consultado sobre o acordo.


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