Avi�es de combate franceses voltaram a atacar nesta quinta-feira posi��es do grupo Estado Isl�mico (EI) no Iraque, depois da decapita��o de um ref�m de seu pa�s, enquanto os Estados Unidos e seus aliados �rabes bombardearam refinarias controladas pelos jihadistas na S�ria.
Estas opera��es fazem parte da ofensiva lan�ada pela coaliz�o liderada pelos Estados Unidos para desmantelar, segundo o presidente Barack Obama, a rede da morte do EI, respons�vel por atrocidades nas regi�es controladas pela organiza��o no Iraque e na S�ria.
Na quarta-feira, o grupo Jund al-Khilafa (Soldados do Califa), vinculado ao EI, divulgou um v�deo da decapita��o do ref�m franc�s Herv� Gourdel, um guia de montanhas de 55 anos que havia sido sequestrado na Arg�lia, em repres�lia pelos bombardeios franceses no Iraque.
O presidente franc�s, Fran�ois Hollande, declarou em Nova York que este crime cruel e covarde refor�a sua determina��o em combater o EI.
Hollande convocou nesta quinta-feira em Paris um conselho de Defesa para refor�ar ainda mais a prote��o dos cidad�os franceses.
J� o governo argelino prometeu fazer todo o poss�vel para encontrar os autores desse crime. Cerca de 3.000 militares procuravam nesta quinta-feira o corpo do ref�m franc�s e tentavam neutralizar seus assassinos, segundo uma fonte dos servi�os de seguran�a.
Tamb�m presente em Nova York, por ocasi�o da Assembleia Geral da ONU, o presidente do Ir�, Hassan Rohani, disse que "os erros estrat�gicos do Ocidente no Oriente M�dio, na �sia Central e no C�ucaso transformaram essas partes do mundo em um para�so para terroristas e extremistas".
Quase 130 jihadistas estrangeiros mortos
Entre seus diversos atos, o EI, acusado de limpeza �tnica e de crimes contra a Humanidade, decapitou dois jornalistas americanos e um agente humanit�rio brit�nico que tinha sido sequestrados na S�ria.
Pela primeira vez desde o in�cio da ofensiva na S�ria, na ter�a-feira, os avi�es de combate de Estados Unidos, Ar�bia Saudita e Emirados �rabes Unidos (EAU) bombardearam refinarias controladas pelo EI no leste s�rio, anunciou o Pent�gono.
Essas instala��es produzem entre 300 e 500 barris de petr�leo por dia e geram dois milh�es de d�lares de receitas di�rias a essa organiza��o extremista sunita, segundo estimativas do Pent�gono. Os jihadistas vendem o petr�leo contrabandeado para intermedi�rios nos pa�ses vizinhos.
Segundo uma ONG s�ria, quase 130 jihadistas estrangeiros e outros 12 s�rios - 84 deles do EI e 57 da Frente Al-Nosra, o bra�o s�rio da Al-Qaeda - morreram desde ter�a-feira nos ataques em regi�es do norte e do leste da S�ria que escapam ao controle do regime.
Treze civis s�rios tamb�m morreram nos ataques, de acordo com o Observat�rio S�rio de Direitos Humanos (OSDH).
Diante do temor dos pa�ses europeus de eventuais atentados em seus territ�rios cometidos por jihadistas locais de volta do Oriente M�dio, o Conselho de Seguran�a das Na��es Unidas adotou por unanimidade na quarta-feira uma resolu��o que convoca os Estados, sob pena de san��es, a impedir que seus cidad�os se alistem em grupos extremistas.
Combates na S�ria e no Iraque
Al�m de Ar�bia Saudita e EAU, Bahrein, Catar e Jord�nia tamb�m participam dos bombardeios na S�ria, enquanto a Fran�a se uniu � ofensiva a�rea americana no Iraque.
Em terra, as for�as iraquianas mantinham sua luta contra os jihadistas em v�rias frentes, principalmente na prov�ncia de Al-Anbar (oeste do Iraque).
Na S�ria, devastada por mais de tr�s anos de guerra civil, os combates continuavam sendo travados entre rebeldes e tropas do regime, que retomaram nesta quinta a cidade de Adra, ao norte de Damasco.
A regi�o estava vazia e as marcas dos combates e bombardeios estavam em todas partes, constatou a AFP.
Os jihadistas mant�m o cerco � cidade de Ain al-Arab (Kobane em curdo), pr�xima � fronteira com a Turquia, em sua tentativa de conquistar a localidade depois de terem tomado 60 aldeias nesta regi�o s�ria.