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Estado de Minas

Acusado de matar jovem por causa de m�sica alta pega pris�o perp�tua nos EUA

Caso fez lembrar outro assassinato que provocou indigna��o pelo componente racial e reavivou a pol�mica em torno das leis sobre o controle de armas no pa�s


postado em 17/10/2014 20:01 / atualizado em 17/10/2014 20:29

Em protesto, americano carrega cartaz pelo
Em protesto, americano carrega cartaz pelo "direito de acabar com a opress�o" (foto: SCOTT OLSON/GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFP)
A justi�a da Fl�ria condenou nesta sexta-feira � pris�o perp�tua, sem direito a fian�a, um homem que matou com um tiro um adolescente negro durante uma discuss�o por causa do volume da m�sica que a v�tima estava ouvindo. Michael Dunn, um engenheiro de software branco de 47 anos, foi condenado no dia 1° de outubro pelo assassinato em primeiro grau de Jordan Davis, de 17 anos, em um posto de gasolina em novembro de 2012.

O caso teve grande repercuss�o nos Estados Unidos, que, nos �ltimos anos, t�m sido palco de uma s�rie de epis�dios de viol�ncia causados por quest�es raciais. "Eu realmente me arrependo do que aconteceu", disse Dunn em uma r�pida declara��o lida para a fam�lia de Davis no tribunal.

Em seu julgamento, Dunn disse que se aproximou do ve�culo em que o grupo de adolescentes estava e pediu que baixassem o volume da m�sica, mas eles se recusaram. "Se pudesse voltar no tempo e fazer de forma diferente, eu faria. Estou atormentado por ter tirado uma vida". Ele disse ter temido por sua vida quando um dos jovens saiu do carro e se aproximou. Sua rea��o foi a de pegar a arma no guarda-luvas de seu ve�culo e atirar.

"Perder um filho � o pior pesadelo de um pai", disse o Juiz Russel Healey, segundo o jornal The Florida Times-Union. "Senhor Dunn, sua vida est� acabada. O que � triste � que esse caso mostra como a nossa sociedade parece ter perdido o seu caminho".

Al�m da pris�o perp�tua, o engenheiro tamb�m foi condenado a 105 anos por ter atirado nos outros tr�s adolescentes". Ao testemunhar em seu julgamento, Dunn disse que continuou atirando enquanto o carro dos jovens se distanciava, por ter sentido medo de que ele ou sua noiva pudessem ser atingidos de volta.

"Ele n�o estava atirando nos pneus. N�o estava atirando nas janelas. Ele estava atirando para matar, mirando em Jordan Davis", contra-argumentou Erin Wolfson, promotor do caso. A pol�cia n�o encontrou evid�ncias de uma arma no ve�culo dos adolescentes, e os tr�s afirmaram que n�o fizeram nenhuma amea�a.

O caso fez lembrar um outro assassinato famoso, que provocou indigna��o pelo componente racial e reavivou a pol�mica em torno das leis sobre o controle de armas nos EUA. Em 2002 na Fl�rida, o vigilante volunt�rio George Zimmerman matou a tiros o jovem negro Trayvon Martin, de 17 anos, em uma vizinhan�a predominantemente branca.

Em uma decis�o controversa, Zimmerman foi absolvido de homic�dio depois de ter alegado leg�tima defesa de acordo com a lei da Fl�rida. Em agosto deste ano, Michael Brown, um jovem negro de 18 anos que estava desarmado, levou um tiro de um policial branco, desencadeando uma onda de protestos contra a discrimina��o racial em um sub�rbio de Saint Louis.


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