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Estado de Minas

Kirchner recebe cr�ticas ap�s discurso por morte de promotor


postado em 27/01/2015 22:31

L�deres da comunidade judaica e da oposi��o argentinas criticaram a presidente Cristina Kirchner, nesta ter�a-feira, ap�s seu primeiro discurso p�blico, ontem, passados oito dias da morte do promotor Alberto Nisman.

Em meio �s cr�ticas pela resposta pol�tica do governo, a promotora que conduz o caso, Viviana Fein, anunciou que o corpo de Nisman ser� entregue hoje aos familiares. Na pr�xima quinta-feira acontece o funeral, em um cemit�rio judaico no sub�rbio de Buenos Aires.

Na segunda-feira, Kirchner voltou a relacionar a morte do promotor Nisman, que investigava o atentado � Associa��o Mutual Israelita Argentina (Amia), a um compl� de agentes de Intelig�ncia contra seu governo. O maior ataque da hist�ria do pa�s aconteceu em 1994, em Buenos Aires, e deixou 85 mortos.

O prefeito de Buenos Aires e pr�-candidato � presid�ncia, Mauricio Macri, exigiu o esclarecimento da morte de Nisman e que tenha continuidade a investiga��o de sua "grave den�ncia" contra Kirchner e seu chanceler, H�ctor Timerman.

Nisman apareceu morto quatro dias depois de denunciar a presidente e o ministro das Rela��es Exteriores por tentativa de "acobertar" os iranianos suspeitos de terem cometido o ataque terrorista � Amia. Entre outras cr�ticas, Cristina foi atacada por sequer dar os p�sames � fam�lia do promotor.

Macri afirmou ainda que seu partido (o PRO, de direita) "n�o confia" no projeto de reforma dos Servi�os de Intelig�ncia, anunciado ontem por Cristina em seu discurso. Com isso, pode-se antecipar uma vota��o negativa da bancada do PRO no Congresso, neste ano eleitoral.

Kirchner disse que pretende acabar com a Secretaria de Intelig�ncia e substitu�-la por uma ag�ncia federal, entre outros pontos do projeto de lei que ser� tratado pelo Congresso a partir de 1� de fevereiro.

Segundo a presidente, o compl� dos agentes come�ou com a assinatura, em 2013, de um Memorando de Entendimento entre Argentina e Ir�. O acordo possibilitaria interrogar em Teer� os ex-funcion�rios iranianos apontados no processo. Aprovado pelo Congresso argentino, mas n�o pelo Parlamento iraniano, esse memorando foi rejeitado pela comunidade judaica argentina, a maior da Am�rica Latina, com 300 mil pessoas.

A comunidade reivindica uma lei que permita a realiza��o de um julgamento � revelia. O governo alega que seria uma situa��o inconstitucional, por n�o estar prevista na jurisprud�ncia argentina.

"Pedimos que, ao menos, trate-se do projeto e que seja a Justi�a a declarar sua constitucionalidade, ou n�o", defendeu Julio Schlosser, presidente da Delega��o das Associa��es Israelitas da Argentina (Daia), um �rg�o pol�tico que representa 140 entidades judaicas.

'N�o somos dem�nios'

Schlosser lamentou que a presidente Kirchner tenha dito em seu discurso que a assinatura desse memorando "despertou os dem�nios".

"N�s n�o somos os dem�nios. N�o � a primeira vez que ela diz que o memorando despertou os dem�nios", acrescentou Schlosser, falando de Mendoza (oeste do pa�s), onde participa nesta ter�a de um ato pelo Dia em Mem�ria das V�timas do Holocausto.

Pela primeira vez desde a cria��o dessa data mundial, a comunidade judaica argentina n�o participou do ato oficial em recorda��o do Holocausto na Chancelaria, promovido pelo ministro Timerman, que tamb�m � judeu.

Em contrapartida, os representantes da comunidade compareceram em um evento na reconstru�da sede da Amia, onde sobreviventes da persegui��o nazista deram seu depoimento.

J� Cristina Kirchner recebeu hoje familiares das v�timas do atentado � Amia na resid�ncia presidencial de Olivos.

Nisman apareceu morto no domingo passado, horas antes de se apresentar no Congresso para explicar sua den�ncia contra Kirchner, Timerman e outros funcion�rios de alto escal�o do governo.

Desde o in�cio da gest�o kirchnerista, em 2003, a Argentina reivindicou reiteradamente a coopera��o judicial do Ir� para poder inquirir ex-funcion�rios iranianos acusados no caso Amia.

Divulgada pela Justi�a ap�s a morte do promotor, a den�ncia completa de Nisman foi considerada inconsistente por v�rios destacados juristas.


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