Diego Lagomarsino, o homem que emprestou a arma que matou Alberto Nisman, o promotor argentino que acusou a presidente Cristina Kirchner de tentar acobertar iranianos acusados pelo atentado contra a mutual judaica AMIA, em 1994, foi demitido nesta segunda-feira do cargo de colaborador do Poder Judici�rio.
Lagomarsino, um analista de inform�tica colaborador da promotoria, levou ao apartamento de Nisman a pistola calibre 22, supostamente a pedido do pr�prio promotor, de acordo com o site do minist�rio da Justi�a.
A arma foi encontrada pela pol�cia na m�o direita de Nisman, encontrado morto em 18 de janeiro em seu apartamento.
"O novo promotor (tempor�rio, Alberto Gentili) solicitou a demiss�o de Lagomarsino, sob a justificativa de que ele n�o tem trabalhado", declarou � r�dio Nacional Rock Luis Viillanueva, porta-voz da Procuradoria Geral.
Nisman morreu poucas horas antes de comparecer ao Congresso para dar detalhes de sua den�ncia.
O promotor estava h� mais de dez anos � frente de uma unidade especial encarregada de investigar o atentado contra a AMIA, que deixou 85 mortos e 300 feridos.
Segundo a den�ncia de Nisman, Kirchner e outros funcion�rios queriam proteger os iranianos, entre os quais est�o ex-presidente Ali Rafsanjani, em troca de petr�leo, apesar de o �leo bruto produzido por Teer� n�o sirva para ser processado na Argentina.
De acordo com o governo, Lagomarsino seria um agente de Antonio 'Jaime' Stiuso, ex-homem forte dos servi�os de intelig�ncia do Estado e aponta para sua responsabilidade na misteriosa morte de Nisman.
A promotora que investiga o caso, Viviana Fein, convocou Stiuso, que serviu a v�rios governos democr�ticos e durante a ditadura (1976-1983), a depor esta semana.
J� Lagomarsino declarou � Justi�a que Nisman pediu a arma por temer um ataque, apesar da prote��o policial que recebia.