A defesa do prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, detido por agentes de Intelig�ncia e indiciado pelo Minist�rio P�blico por suspeita de tentativa de golpe contra o governo venezuelano, apelar� da decis�o por considerar as acusa��es "infundadas" - informou seu advogado neste s�bado.
"A defesa vai usar todos os recursos concedidos pela lei, sem excluir nenhum. De imediato, vamos apresentar um recurso de apela��o, porque as acusa��es contra o prefeito s�o infundadas e ilegais", declarou o advogado Omar Estacio.
Um dos principais l�deres de oposi��o ao governo Nicol�s Maduro, Ledezma foi detido na �ltima quinta-feira, em seu gabinete, no leste de Caracas.
Na sexta � noite, o Minist�rio P�blico da Venezuela determinou a pris�o provis�ria de Ledezma, "(...) por sua suposta liga��o com planos conspirat�rios". Ele foi levado para a pris�o de Ramo Verde, na periferia de Caracas, onde o tamb�m l�der da oposi��o Leopoldo L�pez est� h� um ano detido, sob a acusa��o de incitar a viol�ncia.
Estacio disse ainda que entrar� com um recurso para pedir a anula��o da ordem, alegando que "alguns atos estiveram viciados".
A deten��o de Ledezma foi anunciada na quinta � noite pelo presidente Nicol�s Maduro.
"O senhor Ledezma, que no dia de hoje foi detido por ordem da Procuradoria, deve ser processado pela Justi�a venezuelana para que responda por todos os crimes cometidos contra a paz do pa�s, a seguran�a e a Constitui��o", afirmou Maduro, em pronunciamento em rede nacional iniciado pouco depois da not�cia da pris�o de Ledezma.
O presidente reiterou sua den�ncia lan�ada h� alguns dias de que a oposi��o estaria armando, com apoio dos Estados Unidos, uma tentativa de golpe contra seu governo.
Como prova, Maduro citou um documento assinado por Ledezma, por Leopoldo L�pez e por Mar�a Corina Machado, destitu�da do cargo de deputada em 2014. Denominado "Acordo Nacional para a Transi��o", o texto teria sido divulgado pela imprensa local em 11 de fevereiro passado, apresentando uma s�rie de propostas pol�ticas e econ�micas.