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Estado de Minas

Milhares de manifestantes pedem justi�a em Baltimore


postado em 02/05/2015 20:07

Milhares de manifestantes se concentraram no s�bado em Baltimore (leste dos Estados Unidos) para denunciar a brutalidade policial e exigir justi�a ap�s a morte do jovem negro Freddie Gray, um dia depois da acusa��o de seis policiais por este crime.

"Sem justi�a n�o h� paz", gritaram os manifestantes no in�cio de uma marcha que os levar� ao local onde Gray foi detido at� a prefeitura de Baltimore, onde outros participantes os aguardavam.

Os organizadores esperavam reunir 10.000 pessoas nesta empobrecida cidade portu�ria de 620.000 habitantes, cen�rio de protestos quase di�rios desde a morte de Gray, em 19 de abril, devido a uma les�o grave durante seu transporte em uma viatura da pol�cia.

"Os jovens n�o s�o delinquentes", "n�o h� paz nas nossas almas" diziam alguns cartazes em frente � promotoria, onde os manifestantes foram em resposta ao chamado dos defensores da causa negra Black Lawyers for Justice, cujo l�der, Malic Shabazz, � um ex-integrante do movimento radical Panteras Negras.

Shabazz, que repetiu palavras de ordem junto dos manifestantes, pediu � promotora que n�o d� as costas aos jovens manifestantes e ao governador do estado de Maryland, Bob Hogan, que ponha fim ao toque de recolher em Baltimore.

A Guarda Nacional, chamada para refor�ar a seguran�a desde que explodiram os dist�rbios na segunda-feira, mobilizou 3.000 homens no s�bado "para garantir a calma em Baltimore", indicou em sua conta no Twitter.

Na noite de sexta-feira, a pol�cia deteve v�rias pessoas que tinham violado o toque de recolher, instaurado na ter�a.

No entanto, a tranquilidade e at� mesmo a alegria foram predominaram durante o dia, depois que a promotora Marilyn Mosby surpreendeu ao anunciar a acusa��o dos seis policiais - tr�s brancos e tr�s negros - pela morte de Gray.

Policias liberados

Suspensos de suas fun��es, mas recebendo sal�rio, os seis policiais foram interrogados antes de serem liberados na noite de sexta-feira com fian�as que variavam entre 250.000 e 350.000 d�lares, segundo documentos judiciais.

Os policiais ser�o apresentados � justi�a em 27 de maio para uma audi�ncia preliminar.

As acusa��es - de homic�dio no caso de um dos policiais - foram comemoradas pela fam�lia da v�tima e no bairro de Baltimore mais castigado pela viol�ncia da segunda-feira, os moradores receberam com alegria a decis�o da promotoria.

"H� muito esper�vamos por isto", declarou Dexter Dillard, de 47 anos, na esquina das ruas West North e Pennsylvania, onde um supermercado foi saqueado e incendiado durante os piores dist�rbios que a cidade desde os anos 1960.

O advogado do sindicato de policiais, por sua vez, denunciou a decis�o da promotora como precipitada.

"Nunca vi tanta pressa em julgar", criticou Michael Davey, advogado do sindicato da Ordem Fraternal da pol�cia de Baltimore, que representa os seis acusados.

O sindicato tamb�m escreveu uma carta aberta � promotora Mosby denunciando "conflitos de interesse" e pedindo um "promotor especial independente".

Segundo a investiga��o e a necropsia, Gray morreu devido a um "ferimento que foi fatal para ele quando n�o usava cinto de seguran�a no furg�o da pol�cia onde foi embarcado" com as m�os e os p�s amarrados e que parou tr�s vezes no trajeto, detalhou Mosby.

De acordo com a promotora, de 35 anos e pertencente a uma fam�lia de policiais, os agentes "n�o conseguiram dar nenhuma justificativa" para a pris�o e por isso os tr�s policiais ser�o acusados de t�-lo detido "ilegalmente".

O presidente americano, Barack Obama, declarou na sexta-feira que quer ver esclarecida a morte do jovem.

A partir deste fato, outros protestos foram celebrados na sexta-feira em v�rias cidades do pa�s, inclusive em Nova York. Na costa oeste, houve epis�dios de viol�ncia e dezenas de deten��es em Oakland e Seattle.

O drama em Baltimore e v�rios casos recentes de negros mortos por policiais, como em Ferguson (centro), reavivaram tens�es raciais latentes nos Estados Unidos entre a comunidade negra e os agentes.

Na grande maioria dos casos, os policiais n�o foram julgados.


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