Acnur pede "atua��o urgente" dos pa�ses do Sudeste da �sia no apoio a imigrantes

O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur) considerou nesta ter�a-feira (19) que o tempo est� se esgotando para milhares de imigrantes em dificuldades no Leste da �sia, e apelou para uma “atua��o urgente” dos governos da regi�o. “Calculamos que perto de 4 mil pessoas de Myanmar (antiga Birm�nia) e do Bangladesh est�o retidas no mar e com escassos mantimentos a bordo. Incluem-se 2 mil homens, mulheres e crian�as que se encontram h� mais de 40 dias em pelo menos cinco embarca��es perto das costas de Myanmar e Bangladesh. Informa��es n�o confirmadas sugerem que o n�mero pode ser maior”, disse Adrian Edwards, porta-voz do Acnur.

Edwards apelou aos pa�ses do Sudeste da �sia para atuarem urgentemente e “resgatarem e desembarcarem estas pessoas vulner�veis”, antes de se referir a casos de desidrata��o e de viol�ncia a bordo das embarca��es, relatados pelos migrantes que conseguem chegar � Tail�ndia, Mal�sia e Indon�sia.

“Desde o fim de semana que n�o h� registos de desembarques em toda a regi�o. Nos �ltimos nove dias, um total de 1.396 pessoas desembarcaram na Indon�sia, 1.107 na Mal�sia e 106 no Sul da Tail�ndia”.

Adrian Edwards disse que o Acnur teve conhecimento de relatos de sobreviventes que dizem ter sido abandonados pela tripula��o dos barcos e que ficaram � deriva durante dias, antes de obterem aux�lio dos navios de socorro, para al�m de casos de abusos cometidos pelos donos das embarca��es, que exigem altas quantias em dinheiro antes do embarque.

“Na Mal�sia, alguns dos que desembarcaram e est�o num centro de deten��o no estado de Kedah nos disseram que foram raptados ou atra�dos por falsas promessas para seguiram nos barcos dos traficantes. Souberam de outros passageiros que morreram no mar devido aos espancamentos pela tripula��o, por fome ou doen�a”, afirmou.

Perante esta situa��o, o Acnur solicitou assist�ncia m�dica de emerg�ncia e prote��o aos imigrantes. O porta-voz do Acnur apelou ainda ao governo de Myanmar para n�o punir os imigrantes ilegais que decidiram regressar por n�o terem sido acolhidos em pa�ses vizinhos