Ministros de Brasil e Argentina n�o chegaram a um acordo sobre o novo protocolo automotivo em uma reuni�o nesta sexta-feira em Buenos Aires.
"Estamos em negocia��es positivas, atendendo �s demandas das duas partes", afirmou o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, depois do encontro com seu colega argentino, H�ctor Timerman, e com o ministro da Economia, Axel Kicillof.
Nenhuma das duas delega��es especificou quando e onde se realizar�o as pr�ximas reuni�es, apesar das insistentes perguntas dos jornalistas em coletiva de imprensa.
Os dois pa�ses concordam em renovar o esquema que regula o interc�mbio comercial de autom�veis e que permite � Argentina vender um milh�o de unidades por ano ao Brasil sem impostos e que fixa uma cota de importa��o 1,5 milh�o para esse mercado. O que supera essa cota � taxado por uma tarifa de 35%.
Acompanhado pelo ministro do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio exterior Armando Monteiro, Vieira esteve com Timerman e Kicillof em uma reuni�o com dura��o de tr�s horas.
"� a segunda reuni�o com avan�os sustanciais", disse Kicillof. "Estamos perto porque tivemos mais entendimentos do que diferen�as", sem dar detalhes.
Brasileiros e argentinos j� haviam se reunido no come�o de maio em Bras�lia para tratar o novo protocolo, que deve come�ar a valer a partir de 1� de julho.
O setor automotivo tem sofrido uma grave contra��o no Brasil, com queda das vendas, da produ��o e suspens�o de trabalhadores.
Durante o primeiro quadrimestre, o Brasil fabricou 881.770 ve�culos, 17,5% a menos do que o mesmo per�odo de 2014, enquanto as vendas ca�ram 19,2%, a 893.630 unidades, segundo os fabricantes.
Na Argentina, a ind�stria encerrou o primeiro trimestre com recuo de 16,3% e acumula 20 meses consecutivos em queda, em grande parte pela redu��o das exporta��es ao Brasil, para onde se dirigem 80% da produ��o local do setor.
