Dos sete terroristas que se explodiram na sexta-feira ap�s semearem a morte nas ruas de Paris, cinco j� foram identificados. Quatro deles s�o franceses e ao menos tr�s dos homens-bomba passaram pela S�ria.
NO BATACLAN
Pelo menos 89 pessoas foram mortas a tiros por tr�s homens que portavam armas pesadas, e que invadiram a casa de espet�culos onde ocorria um show da banda americana Eagles of Death Metal. Os assassinos acionaram seus cintos de explosivos quando a pol�cia entrou na casa de shows.
- MOSTEFAI: Identificado gra�as a impress�o digital de um dedo amputado pela explos�o, Omar Ismail Mostefai, de 29 anos, � um deles: um delinquente franc�s, nascido em 21 de novembro de 1985 em Courcouronnes, perto de Paris, condenado oito vezes entre 2004 e 2010, mas nunca encarcerado.
Fichado por radicaliza��o em 2010, nunca esteve envolvido em um caso de terrorismo. Mas, de acordo com autoridades turcas, a pol�cia turca "informou a pol�cia francesa duas vezes, em dezembro de 2014 e junho 2015, sobre este homem, sem nunca ter tido um retorno da Fran�a sobre esta quest�o".
Nascido em uma fam�lia de seis filhos, o jihadista, pai de uma menina, n�o mantinha qualquer rela��o com sua fam�lia. Os investigadores tentam confirmar se ele viajou � S�ria em 2014, de acordo com fontes policiais.
- AMIMOUR: outro suicida morto no Bataclan � Samy Amimour, de 28 anos, nascido em Paris e origin�rio de Drancy, regi�o parisiente. Sob vigil�ncia dos servi�os franceses, foi indiciado em outubro de 2012 por associa��o criminosa terrorista "depois de planejar uma viagem ao I�men, que foi frustada".
Depois de ter violado seu controle judicial no outono de 2013, uma ordem internacional de pris�o foi emitida contra ele.
Foi nesta �poca que Samy Amimour, descrito por sua fam�lia como um jovem gentil e t�mido quando crian�a, foi para a S�ria, onde ainda se encontrava em 2014. Sua fam�lia explicou � AFP que a esperan�a de rev�-lo havia diminu�do, uma vez que Samy se casou na S�ria.
O terceiro terrorista que agiu no Bataclan ainda n�o foi identificado.
NAS RUAS DE PARIS
Pelo menos 39 pessoas foram mortas em tr�s tiroteios contra bares e um restaurante num bairro animado do leste de Paris.
- ABDESLAM: Brahim Abdeslam, de 31 anos, um franc�s residente na B�lgica, provavelmente fazia parte da equipe que atacou as pessoas nos bares. Ele se explodiu sozinho na frente de um bar no Boulevard Voltaire, centro-leste de Paris, ferindo gravemente uma pessoa.
Ele havia alugado um carro Seat preto, registado na B�lgica, e encontrado em Montreuil, perto de Paris, no dia seguinte aos ataques. A bordo, tr�s fuzis AK47, onze carregadores vazios e cinco completos.
Brahim Abdeslam � um dos tr�s irm�os visados pelos investigadores. Um outro irm�o, Mohamed Abdeslam, detido em um primeiro momento na B�lgica, foi libertado nesta segunda-feira, sem qualquer acusa��o. Um terceiro irm�o, Salah Abdeslam, para quem a pol�cia emitiu um mandato de pris�o internacional, ainda n�o foi encontrado.
Salah Abdeslam havia alugado um Polo preto registado na B�lgica, e encontrado estacionado em frente ao Bataclan, onde ocorreu o pior massacre.
NO STADE DE FRANCE
Tr�s homens se explodiram no espa�o de meia hora na sexta-feira perto do Stade de France, nos sub�rbios de Paris. Um transeunte foi morto em uma dessas explos�es.
- HADFI: Entre os homens-bomba, est� Bilal Hadfi, um franc�s de 20 anos que residia na B�lgica. Ele teria passado pela S�ria, de acordo com os investigadores.
- MOHAMMAD: Um passaporte s�rio foi encontrado perto do corpo de outro homem-bomba, em nome de Mohammad al Ahmad, de 25 anos, nascido em Idlib, na S�ria. Mohammad al Ahmad, cuja autenticidade do passaporte ainda n�o foi provada, de acordo com a pol�cia, � desconhecido dos servi�os anti-terroristas franceses.
O terceiro terrorista que agiu nas proximidasdes do est�dio ainda n�o foi identificado.
Segundo Thierry Braillard, secret�rio de Estado de Esportes, os suicidas que se detonaram perto do Stade de France, periferia de Paris, durante a partida amistosa entre Fran�a e Alemanha queriam entrar no est�dio.
Dois deles ativaram seus explosivos na esplanada que cerca o est�dio. Na primeira explos�o, morreu uma pessoa que passava perto.
A terceira explos�o aconteceu em uma rua pr�xima e s� morreu o suicida. A explos�o ocorreu na entrada de um beco, como se o suicida tivesse se isolado voluntariamente antes de se fazer explodir.