Mais de 10.000 pessoas, entre elas Omar Isma�l Mostefa�, que se detonou na casa de shows parisiense "Bataclan" ap�s atirar contra a plateia, est�o inclu�dos nos chamados arquivos "S" pelos Servi�os de Intelig�ncia - em particular aqueles considerados islamitas radicais.
A Dire��o de Seguran�a Interna (DGSI) alimenta diariamente esse arquivo S (de "Seguran�a de Estado"), no qual tamb�m est�o torcedores violentos, membros de grupo de ultraesquerda e de ultradireita, entre outros.
"H� mais de 10.000 pessoas que s�o fichadas no S", afirmou o primeiro-ministro franc�s, Manuel Valls.
Entre elas, mais da metade � fichada como islamita radical, ou s�o indiv�duos que podem ter uma liga��o com meios jihadistas.
O arquivo S se destinada, sobretudo, a chamar a aten��o das for�as de seguran�a, se um dos fichados for detido. Nessa situa��o, devem informar imediatamente os servi�os de Intelig�ncia.
Nesse grupo, algumas pessoas j� foram condenadas por acusa��es de "terrorismo", em particular, desde os atentados de 1995; e outras s�o consideradas como suscet�veis de se radicalizar, ou j� s�o consideradas radicais.
Esse foi o caso de suspeitos citados em ataques cometidos, ou desmantelados antes de acontecer na Fran�a, desde os atentados jihadistas de janeiro passado contra o seman�rio Charlie Hebdo e contra um supermercado kosher de Paris. Neste epis�dio, 17 pessoas morreram.
Tamb�m foi assim com Mohamed Merah, autor de outro ataque cometido em mar�o de 2012 na regi�o de Toulouse, em nome da Jihad.
Yassin Salhi, que decapitou seu chefe no leste da Fran�a, em junho passado, teve uma ficha "S" por dois anos, sem ter chamado aten��o da Pol�cia. Isso se explica, porque o objetivo do "arquivo S" n�o � vigiar os suspeitos de maneira permanente, nem mesmo de forma ocasional.
"Frequentemente, � mais um indicador, uma esp�cie de term�metro de que � preciso cuidar e alimentar para que seja eficaz", disse um policial.
Al�m dos antecedentes judiciais, informa��es dos servi�os de Intelig�ncia franceses e estrangeiros alimentam esses arquivos. Neles, h� v�rios graus, que v�o de S1 a S15, n�o em fun��o do n�vel de suposta periculosidade do indiv�duo, mas em fun��o das a��es que pode realizar.