Bangladesh e outros pa�ses amea�ados pelas consequ�ncias do aquecimento global manifestaram nesta segunda-feira sua recusa de serem "os sacrificados" pela Confer�ncia do Clima de Paris (COP21), pedindo um objetivo mais ambicioso para limitar o aquecimento.
"N�s nos recusamos a sermos sacrificados pela comunidade internacional em Paris", disse Anwar Hossain Manju, o ministro do Meio Ambiente de Bangladesh, por ocasi�o da apresenta��o de uma "declara��o" feita por 43 pa�ses particularmente vulner�veis �s consequ�ncias do aquecimento global, incluindo a Eti�pia, as Maldivas e o Nepal.
A COP21 "tem a obriga��o de agir. N�o fazer isso � um crime", acrescentou.
Nesta declara��o, j� adotada em Manila h� algumas semanas, os pa�ses vulner�veis membros do "Climate Vulnerable Forum" (CVF) pedem � comunidade internacional um entendimento sobre um objetivo de limita��o do aquecimento a 1,5 graus com rela��o � era pr�-industrial.
Este objectivo � mais ambicioso do que o limite de 2 graus estabelecido desde 2009 como um quadro global para estas negocia��es. Segundo os cientistas, um aquecimento superior a 2 graus teria consequ�ncias dram�ticas (secas, inunda��es, decl�nio da produ��o agr�cola).
Mesmo que o aquecimento fique limitado a 2 graus, mais de um bilh�o de pessoas ainda estariam vulner�veis ao aumento do n�vel do mar e aos efeitos catastr�ficos sobre o meio ambiente, de acordo com o CVF. O f�rum pediu uma "descarboniza��o completa at� 2050" com um pico de emiss�es globais de gases com efeito de estufa "no mais tardar at� 2020".
Manter o aquecimento abaixo de 1,5 graus "n�o vai simplesmente garantir a seguran�a e a prosperidade, tamb�m vai garantir a justi�a", afirmou o ministro das Rela��es Exteriores da Costa Rica, Manuel Gonzalez, ressaltando que o desequil�brio clim�tico "fere os direitos humanos".
"Individualmente, n�s j� somos sobreviventes. Coletivamente, somos uma for�a" permitindo ir rumo a um mundo "mais justo e ativo sobre o clima", declarou o presidente filipino Benigno Aquino.
O CVF conta com 29 pa�ses membros ap�s a ades�o nesta segunda-feira de 9 pa�ses, dentre os quais a Rep�blica Dominicana, o Haiti, a Guatemala, o Sri Lanka, o N�ger. Catorze outros estados s�o associados � coaliz�o.