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Estado de Minas

ONU amea�a Coreia do Norte com novas san��es ap�s teste nuclear


postado em 06/01/2016 20:22

O Conselho de Seguran�a das Na��es Unidas acertaram, nesta quarta-feira, preparar medidas adicionais contra a Coreia do Norte, ap�s o an�ncio do quarto teste nuclear realizado pelo pa�s.

O �rg�o de 15 membros, do qual faz parte a China, aliada de Pyongyang, "condenou energicamente" o teste nuclear e o qualificou de uma "clara amea�a para a paz e a seguran�a internacional".

O embaixador uruguaio Elbio Rosselli, que preside o Conselho este m�s, lembrou que o organismo tinha alertado que tomaria "significativas medidas adicionais" se Pyongyang violasse as resolu��es da ONU, realizando testes at�micos.

"Em linha com este compromisso e em vista da gravidade desta viola��o, os membros do Conselho de Seguran�a come�ar�o a trabalhar imediatamente sobre estas medidas em uma nova resolu��o do Conselho de Seguran�a", disse Rosselli.

O diplomata n�o especificou se a nova medida estender� as san��es contra a Coreia do Norte, mas outros enviados confirmaram que a adi��o de novos nomes � lista de san��es est� sendo considerada.

"Eu o condeno de forma inequ�voca e pe�o � RPDC (Coreia do Norte) que cesse qualquer outra atividade nuclear", disse o secret�rio-geral da ONU, Ban Ki-moon, aos jornalistas antes da reuni�o do Conselho de Seguran�a.

Ap�s uma entrevista por telefone com o ministro sul-coreano, Han Min-Koo, o secret�rio americano da Defesa, Ashton Carter "reafirmou o compromisso firme dos Estados Unidos de defender (a Coreia do Sul), que contempla todos os aspectos da pol�tica de dissuas�o" de que Washington disp�e, destacou o Pent�gono em um comunicado.

O teste dessa bomba de hidrog�nio seria mais potente do que os testes nucleares precedentes.

"O primeiro teste de bomba de hidrog�nio da Rep�blica foi realizada com sucesso �s 10h (23h30 de ter�a, hor�rio de Bras�lia)", anunciou a televis�o oficial norte-coreana.

O pa�s se soma, assim, "aos Estados nucleares avan�ados", refor�ou o apresentador, acrescentando que a bomba testada era uma "miniatura".

Pa�ses vizinhos, como Coreia do Sul e Jap�o, assim como Fran�a e Reino Unido condenaram o teste. A Casa Branca prometeu uma rea��o apropriada �s "provoca��es" norte-coreanas, mas declarou que a evid�ncia "n�o � consistente" com uma explos�o de bomba H.

"As an�lises iniciais n�o s�o consistentes com a reivindica��o da Coreia do Norte" de que fez um teste bem sucedido com uma bomba de hidrog�nio, disse o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnst.

Principal aliada da Coreia do Norte, a China disse "se opor firmemente" ao teste.

Nas regi�es chinesas mais pr�ximas ao centro de testes nucleares norte-coreano, v�rios pr�dios foram evacuados depois que os habitantes "sentiram claramente os abalos", indicou a imprensa oficial.

O an�ncio desse teste de uma bomba H � uma surpresa. Pyongyang afirma que foi ordenado, pessoalmente, pelo dirigente norte-coreano Kim Jong-un, dois dias antes de seu anivers�rio.

Cada um dos tr�s testes nucleares anteriores da Coreia do Norte (outubro de 2006, maio de 2009 e fevereiro de 2013) derivou no refor�o de san��es internacionais, principalmente no setor financeiro e contra empresas vinculadas � atividade nuclear, ou bal�stica norte-coreana.

Ceticismo dos especialistas

O an�ncio do teste nuclear foi recebido com grande ceticismo por especialista ao mesmo tempo em que suscitou cr�ticas imediatas no mundo.

A Casa Branca rejeitou a afirma��o norte-coreana de que realizou com sucesso o primeiro teste de uma bomba de hidrog�nio, ao destacar que "as an�lises iniciais n�o s�o consistentes com a reivindica��o da Coreia do Norte" de que realizou um teste bem sucedido com uma bomba de hidrog�nio, disse o porta-voz do Executivo americano, Josh Earnst.

"Os dados sismol�gicos sugerem que a explos�o foi consideravelmente menos forte do que se esperaria de um teste de bomba H", declarou, por sua vez, o especialista australiano em Pol�tica Nuclear Crispin Rovere.

"� primeira vista, parece que realizaram um teste nuclear com �xito, mas n�o conseguiram realizar a segunda etapa, a da explos�o de hidrog�nio", completou.

"Se, de verdade, fosse uma bomba H, os n�veis na escala Richter (de sismo) precisaram ter sido 100 vezes mais potentes, at� chegar a sete, ou mais", indicou o especialista em Defesa Bruce Bennett, da Rand Corporation, advertindo para o perigo de radia��o na zona pr�xima �s instala��es nucleares.

As primeiras suspeitas sobre um novo teste norte-coreano foram feitas por sism�logos que detectaram um sismo de magnitude 5,1 perto da principal instala��o de testes nucleares da Coreia do Norte, no nordeste do pa�s.

A organiza��o respons�vel pela aplica��o do Tratado de Proibi��o Completa de Testes Nucleares, com sede em Viena, declarou ter detectado uma atividade s�smica "incomum" na Coreia do Norte.

A maioria dos especialistas acreditava em que Pyongyang ainda precisaria de anos para desenvolver uma bomba termonuclear, mas estavam divididos sobre a capacidade norte-coreana de miniaturizar a arma at�mica, uma etapa decisiva na produ��o de ogivas nucleares.

Uma bomba de hidrog�nio, ou termonuclear, utiliza a t�cnica da fus�o nuclear e produz uma explos�o muito mais potente do que uma deflagra��o por fiss�o, gerada apenas por ur�nio ou plut�nio.

Seja, ou n�o, uma bomba H, esse quarto teste nuclear norte-coreano constitui uma afronta flagrante para inimigos e aliados do regime de Pyongyang, ao qual tinham advertido seriamente contra a continua��o do programa nuclear.

Impulso em favor de san��es

O fato de que as san��es internacionais n�o tenham impedido a Coreia do Norte de seguir adiante e realizar um novo teste refor�a a probabilidade de san��es mais duras.

O embaixador russo na ONU, Vitali Tchurkin, convidou membros do Conselho a "manter a calma" e disse esperar que se chegue a uma "resposta apropriada", sem dar mais detalhes sobre ela.

"Vamos trabalhar com outros em uma resolu��o sobre as san��es adicionais", disse aos jornalistas o embaixador brit�nico no �rg�o, Matthew Rycroft.

Em 2014, o presidente americano, Barack Obama, classificou a Coreia do Norte como "Estado p�ria" e prometeu san��es mais duras, em caso de novo teste nuclear.

J� Pequim busca a retomada do di�logo a seis - entre as Coreias do Norte e do Sul, China, Estados Unidos, R�ssia e Jap�o - sobre o programa nuclear norte-coreano, em ponto morto desde 2008.

Os especialistas estimam que Pyongyang tem, hoje, plut�nio para fabricar at� seis bombas. Desconhecem se o regime utilizou ur�nio, ou plut�nio, em seu teste de 2013.


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