(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

�frica Ocidental livre da epidemia de ebola mais mortal da hist�ria


postado em 13/01/2016 14:55

A Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) anunciar� nesta quinta-feira o fim da epidemia de Ebola na �frica Ocidental, que deixou mais de 11.000 mortos em dois anos, quando a Lib�ria ser� declarada livre da doen�a.

O an�ncio de Genebra "marcar� 42 dias desde que os �ltimos casos do Ebola deram negativo na Lib�ria", afirmou nesta quarta-feira a OMS em comunicado, dois anos depois da explos�o da epidemia na �frica Ocidental.

A epidemia de Ebola na �frica Ocidental foi a mais letal desde a identifica��o do v�rus h� 40 anos, com pelo menos 11.000 v�timas.

O problema foi detectado em dezembro de 2013 no sul da Guin� e se propagou aos pa�ses vizinhos, Lib�ria e Serra Leoa, e depois para Nig�ria e Mali.

Em dois anos a epidemia afetou dez pa�ses, entre eles Espanha e Estados Unidos, e oficialmente causou a morte de 11.315 dos 28.637 contagiados.

Este balan�o oficial, abaixo da realidade, segundo v�rias fontes, inclusive a OMS, supera a soma das v�timas de todas as epidemias de Ebola desde a identifica��o do v�rus em 1976 na �frica Ocidental.

Serra Leoa foi declarada livre do Ebola em 7 de novembro de 2015 e a Guin� em 29 de dezembro passado.

Na quinta-feira "�s 7h (de Bras�lia) a Lib�ria ser� declarada livre do Ebola pela OMS", disse � AFP o secret�rio-executivo do minist�rio da Sa�de liberiano, Tolbert Nyensuah.

Sem d�vidas persiste o risco de novos focos de epidemia devido � subsist�ncia do v�rus em alguns l�quidos corporais de sobreviventes, em particular no esperma.

Assim ocorreu na Lib�ria, que havia sido declarada livre do Ebola em maio e, depois, em setembro - mas a cada vez eram registrados ressurgimentos.

No paroxismo da epidemia, cenas apocal�pticas foram registradas, particularmente na Lib�ria, que "viu amea�ada sua pr�pria exist�ncia", disse na ONU o ministro da Defesa, Brownie Samukai.

� uma doen�a que "se espalha como um inc�ndio florestal, devorando tudo em seu caminho", ilustrou Samukai.

Em Balajah, perto da fronteira com Serra Leoa, Fatu Sherrif, de 12 anos, e sua m�e, doentes de ebola e confinadas em casa por ordem sanit�ria, morreram sem que os vizinhos, aterrorizados pela doen�a desconhecida, respondessem a seus pedidos de socorro.

Em setembro de 2014, perto de Monr�via, o chefe de uma equipe da Cruz Vermelha, que recolhia cad�veres altamente contagiosos, criticou a postura dos vizinhos que haviam informado sobre a presen�a de uma idosa doente.

"Antes de nos chamarem, � preciso garantir que a pessoa est� morta. Quem cuida dos doentes s�o outros", disse o chefe da equipe.

"Sim senhor. Chamaremos voc�s quando ela estiver morta", respondeu o chefe do bairro.

"Esta epidemia destr�i nosso tecido social", alertou o ex-jogador de futebol liberiano George Weah, fundador de uma ONG para lutar contra o ebola.

A doen�a transformou o modo de vida dos pa�ses afetados, cujos habitantes foram obrigados a evitar qualquer contato f�sico entre eles e com os mortos.

Este �ltimo foi muito resistido pelas popula��es apegadas aos ritos funer�rios que implicam em lavar o corpo dos mortos.

Em outubro de 2014, o governo da Lib�ria teve que emitir a dr�stica ordem de incinerar todos os cad�veres, independentemente da causa da morte.

Os servi�os de sa�de, sobrecarregados pela cat�strofe, multiplicaram as medidas de exce��o - como decretar a quarentena em regi�es inteiras.

Em setembro de 2014 e em mar�o de 2015, o governo de Serra Leoa decretou o confinamento obrigat�rio de toda a popula��o em suas casas durante tr�s dias.

Em alguns lugares a popula��o se rebelou violentamente contra medidas de preven��o mal explicadas e decis�es percebidas como autorit�rias.

As manifesta��es mais violentas foram registradas na Guin�, pa�s onde existe uma grande desconfian�a entre o poder e a popula��o, e culminaram com a morte em setembro de 2014 de uma equipe de sensibiliza��o em Womey, no sul, epicentro original da epidemia.

A propaga��o fulminante da epidemia deve-se n�o apenas � fraca "vigil�ncia epidemiol�gica e a um sistema de sa�de deficiente, mas tamb�m ao ceticismo das pessoas com rela��o ao que o governo pedia que fizessem", apontou um informe do International Crisis Group (ICG).


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)