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Estado de Minas

Ap�s atentados, Pra�a da Bolsa vira local de recolhimento e homenagem em Bruxelas


postado em 22/03/2016 21:07

"Bruxelles I love you". Quatro palavras foram escritas em giz na hist�rica Pra�a da Bolsa, local de reuni�es espont�neas no centro da cidade que vive em c�mera lenta ap�s o choque dos atentados desta ter�a-feira.

"Bruxelles bruxellera toujours" ("Bruxelas 'bruxelar�' sempre"), "Bruxelles est belle" ("Bruxelas � linda"), "Don't worry" ("N�o se preocupe")... Em franc�s, em holand�s, em ingl�s, em �rabe, os moradores de Bruxelas foram mostrar solidariedade e carinho pela cidade, atingida por atentados que deixaram cerca de trinta mortos e mais de 200 feridos.

Sinal de que o local rapidamente tornou-se emblem�tico, o primeiro-ministro belga Charles Michel foi at� l� por volta das 20h (17h de Bras�lia), acompanhado do presidente da Comiss�o Europeia, Jean-Claude Juncker.

"Desde que vim morar em Bruxelas, e hoje mais ainda, me sinto muito belga e muito bruxelense, estou aqui para testemunhar a vontade europeia de homenagear as v�timas belgas e europeias, viva a B�lgica!", lan�ou Juncker, segundo imagens da televis�o VRT.

Desde o in�cio da tarde, v�rias centenas de pessoas de todas as origens come�aram a ir espontaneamente para a Pra�a da Bolsa, no centro hist�rico da capital belga.

Local de festa comum dos belgas, onde s�o comemoradas as vit�rias dos "Diabos Vermelhos", a sele��o de futebol do pa�s, tornou-se uma pequena pra�a da Rep�blica, onde os parisienses foram se reunir ap�s os atentados de janeiro e novembro de 2015.

Um violoncelo tocado por um jovem perfura o sil�ncio pesado, ele � aplaudido. Ainda mais flores e velas s�o colocadas na pra�a quando a noite cai em Bruxelas.

Uma m�e e seus dois filhos acendem uma pequena vela e deitam ao lado de outras, dispostos em cora��o. Um pouco mais adiante, outras pequenas chamas formavam o s�mbolo universal da paz.

"Crist�os+mu�ulmanos+judeus = humanidade", lia-se no ch�o, entre v�rias mensagens escritas em giz de cera colorido. "Unidos contra o �dio", diz uma bandeirola colocada nos degraus da pra�a.

"Eu estou aqui para homenagear as v�timas e mostrar que o nosso pa�s � solid�rio. Mostra que, apesar de nossos conflitos internos estamos unidos diante do horror", disse Thibault Demarneffe, 22 anos, estudante de turismo em Bruxelas, com os ombros envolvidos em uma bandeira belga.

- 'Fingir que n�o temos medo' -

Sofiane, um argelino que foi completar seus estudos de sociologia em Antu�rpia (norte da B�lgica) em 2011, reacende as velas que foram apagadas pelo vento brando.

"� triste, lament�vel, chocante", suspira: "Conheci a Argpelia dos anos 1990. N�o sab�amos o que era terrorismo, e um dia ele chegou at� n�s".

Sua emo��o se transforma em raiva: "� preciso ficar atento aos radicais que dizem que v�o ao para�so. Eles que fa�am a viagem sozinhos. Eu n�o tenho vontade de ir para o para�so matando inocentes. N�o � para�so, � inferno".

"� importante se unir ap�s momentos como esses. � simb�lico, mostra que estamos unidos face ao terror", estima Le�la Devin, uma atriz de 22 anos.

"N�o temos medo, eles s�o uma dezena e n�s, milhares", afirma Juliette, uma universit�ria belga.

"Eu e minha m�e viemos mostrar que somos orgulhosas de sermos belgas e que n�o temos medo...ou, ao menos, fingir que n�o temos medo. Porque hoje de manh� eu senti muito medo", reconhece Analphia Desmet, 22 anos, estudante de comunica��o.

O ambiente � calmo, pede recolhimento. Alguns cantam m�sicas em coro, como "Imagine", de John Lennon.

"O que vivemos hoje � uma trag�dia. E a escala � muito maior do que Bruxelas, B�lgica ou a Europa...na escala humana, � uma trag�dia", garante Afaf, uma bruxelense.


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