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Estado de Minas

Bruxelas tenta voltar � normalidade ap�s piores atentados de sua hist�ria


postado em 23/03/2016 16:16

"Sinto um pouco de medo, mas n�o temos outro rem�dio". Os moradores de Bruxelas tentavam nesta quarta-feira voltar � normalidade depois dos piores atentados de sua hist�ria, embora saibam que nada ser� como antes.

Dominique Salazar, de 18 anos, acompanhava os dois irm�os, de 3 e 6 anos, � escola na esta��o do metr� Schumman, reaberta, bem ao lado da de Maelbeek, onde na ter�a-feira morreram cerca de vinte pessoas quando um suicida detonou os explosivos que levava consigo.

"Sinto um pouco de medo, sobretudo por meus irm�os pequenos. Mas n�o temos outro rem�dio, temos que nos deslocar", explica a estudante.

"� uma linha que pegamos todos os dias e quando vemos o que aconteceu ontem... Hoje, h� muito menos gente", constata. A esta��o, um dos principais pontos de comunica��o da cidade, agora � vigiada por militares que controlam todos os passageiros na entrada.

Neste bairro, normalmente movimentado, que concentra a maior parte das institui��es europeias, reinava uma estranha calma e muitos funcion�rios optaram por ir trabalhar de bicicleta at� o imponente edif�cio da Comiss�o Europeia, onde as bandeiras tremulavam a meio mastro.

"Vou de metr�, aconte�a o que acontecer. N�o vou abandonar minha forma de viver porque um imbecil decidiu se fazer explodir", dizia, entre a raiva e a resigna��o, Vasco, um homem de 27 anos, que trabalha em um supermercado.

Presos no aeroporto

Perto do aeroporto internacional de Zaventem, onde na ter�a-feira morreram pelo menos 15 pessoas em duas explos�es, muitos passageiros tiveram que passar a noite em um pavilh�o esportivo pr�ximo depois que cancelaram seus voos.

Aqui tampouco ser� f�cil voltar � realidade. As autoridades anunciaram que os trabalhos para reparar os destro�os levar�o tempo e que o aeroporto tamb�m ficar� fechado nesta quinta-feira.

"Quarenta pessoas dormiram aqui. Vinham de Espanha, Canad�, Catar... Dormiram em camas de campanha, embora ache que n�o dormiram muito", explica Eva Bruyninckx, uma funcion�ria do munic�pio que habilitou o pavilh�o.

Valentino Mart�n, um espanhol de 28 anos, teve sorte e conseguiu passar a noite na casa de um morador de Zaventem depois que cancelaram seu voo de Praga a Madri, com escala em Bruxelas.

"Est�vamos comendo um kebab quando um homem nos disse 'Se quiser, pode vir para minha casa'. Tivemos um dia horr�vel. Bebemos cervejas com ele e dormimos no seu sof�. Foi muito gentil porque aqui estava cheio", disse este andaluz de Alcaudete que ainda n�o sabe como voltar� para casa.

Pra�a da Bolsa, um mausol�u improvisado

No centro da cidade, a Pra�a da Bolsa - bem ao lado da emblem�tica Grande Place - se tornou um mausol�u improvisado em homenagem �s v�timas.

Em frente ao imponente edif�cio da bolsa, as pessoas acenderam velas, bandeiras de todos os pa�ses e mensagens escritas com giz como 'A uni�o faz a for�a' e 'Todos somos humanos'. Tamb�m h� pequenos Manneken-Pis - a emblem�tica escultura do menino urinando que todos os turistas conhecem - e inclusive garrafas de cerveja - outro s�mbolo belga - vazias.

"Confio na nossa pol�cia e no nosso Estado e lamento as cr�ticas do exterior. Os Estados Unidos n�o puderam evitar um 11 de setembro e n�s, um pa�s pequeno, ter�amos que faz�-lo?", lamenta Pascal Huylebroeck, em alus�o a um ministro franc�s que criticou a "ingenuidade" das autoridades belgas.

"Agora, espero que haja um grande movimento de solidariedade. Normalmente, aqui, quando algu�m trope�a e cai no ch�o, ningu�m faz nada", explica Pierre, um funcion�rio municipal de 48 anos que se diz "disposto a pagar" mais impostos para ter mais seguran�a.

Desde a primeira hora da manh� e at� as 12h00 do meio-dia, quando o pa�s parou para fazer um minuto de sil�ncio, dezenas de pessoas, a caminho do trabalho, deixavam buqu�s de flores.

"Agora ser� muito mais dif�cil, teremos que nos adaptar", prev� Pierre, com ar resignado.


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