O procurador-geral de Israel impediu a celebra��o neste domingo da primeira b�n��o sacerdotal realizada por mulheres no Muro das Lamenta��es de Jerusal�m por ocasi�o da P�scoa Judaica (Pessach), por considerar que era contra os costumes locais.
As "Mulheres do Muro", um grupo que milita pela igualdade de g�nero para os fi�is judeus que visitam o muro, o local mais sagrado do juda�smo em que se pode rezar, conseguiram recentemente um espa�o de ora��o misto ao p� do muro, onde homens e mulheres est�o separados por uma barreira.
O Muro das Lamenta��es � um vest�gio do templo destru�do pelos romanos no ano 70.
Quase 50 mulheres se reuniram sob uma forte vigil�ncia policial diante do local sagrado neste domingo para rezar. Mas elas n�o foram autorizadas a realizar a b�n��o. Ultraortodoxos vestidos de preto as observavam e alguns chegaram a proferir insultos.
O procurador-geral Avichai Mandelblit proibiu na quinta-feira a b�n��o sacerdotal de mulheres, in�dita no Estado hebreu, considerando que era "contr�ria aos costumes locais".
As mulheres afirmaram que foram obrigadas a assinar um documento para a pol�cia no qual se comprometiam a n�o celebrar a cerim�nia. Al�m disso, foram levadas a uma zona delimitada a 50 metros do muro.
Anat Hoffman, integrante do grupo, disse que as medidas mostram "a que ponto o sistema � grotesco e absurdo".
O rabino Shmuel Rabinovitz, respons�vel pelo muro, denunciou uma "provoca��o" e afirmou que nunca havia sido celebrada nenhuma b�n��o por mulheres "em nenhuma comunidade judaica do mundo".
Milhares de homens devem se reunir na segunda-feira para esta b�n��o, chamada "cohen" - descendentes de uma casta de sacerdotes da �poca de Mois�s -, uma das celebra��es da P�scoa judaica que recorda a fuga dos judeus do Egito.