
Desta vez, o Supremo se negou a admitir os recursos relativos a dois casos que tinham obtido senten�as favor�veis ao direito de abortar em tribunais do Mississippi e de Wisconsin, estados onde est�o em vigor leis que dificultam a realiza��o do procedimento.
De acordo com as leis do Mississippi e de Wisconsin, os m�dicos que realizam abortos s�o obrigados a dispor de uma autoriza��o antecipada de admiss�o de seus pacientes em um hospital local, o que � dif�cil de obter. Este obst�culo levou v�rias cl�nicas locais que realizavam abortos a fechar suas portas. Segundo os defensores do direito � interrup��o da gravidez, era precisamente este o objetivo dos promotores dessas leis.
A aplica��o da lei foi, por�m, detida por alguns tribunais desses estados. O Supremo, ao n�o admitir essas a��es judiciais, confirma agora as senten�as dos ju�zes locais. Na segunda-feira, a inst�ncia judicial m�xima dos Estados Unidos considerou ilegal uma lei do estado do Texas de 2013 que obriga as cl�nicas que praticam abortos a disporem de uma unidade cir�rgica digna de um hospital.
O alto tribunal reafirmou com for�a, assim, o direito das mulheres a abortarem, em uma decis�o hist�rica saudada pelo presidente Barack Obama, por milh�es de mulheres e por organiza��es de planejamento familiar.
O aborto foi legalizado em 1973 nos Estados Unidos. Nos �ltimos anos, por�m, um crescente n�mero de estados conservadores adotou medidas legais para restringir a interrup��o volunt�ria da gravidez, impulsadas por grupos contr�rios � esse direito, como o movimento "Pr�-vida".