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Estado de Minas

Na China, morte de Fidel Castro � lembrete de mudan�a de rumos no comunismo


postado em 26/11/2016 11:01

Sob as sombras dos enormes pr�dios espelhados de Pequim, idosos aposentados ainda falam de forma nost�lgica sobre os distantes camaradas cubanos com os quais se uniam pelo la�o da solidariedade comunista. Nos centros de poder, por�m, Cuba � vista ultimamente com menos romantismo e sim como um mercado para as crescentes exporta��es chinesas.

Vista do maior pa�s comunista do mundo, a morte de Fidel Castro � um lembrete de como os rumos mudaram para al�m do que se pode lembrar desde que o revolucion�rio barbado passou a ocupar papel relevante na pol�tica mundial ao lado de lideres como Mao Zedong.

Depois da estabiliza��o das rela��es diplom�ticas em 1960, os destinos dos pa�ses divergiram: a China come�ou a adotar reformas e se transformou numa pot�ncia econ�mica em que o comunismo se manteve apenas no nome enquanto Castro persistiu sob os ideais do marxismo.

Hoje os l�deres dos dois pa�ses com frequ�ncia acenam para seu passado de ideologia comum, mas as rela��es bilaterais est�o mais ligadas ao desenvolvimento conjunto de resorts a investimentos chineses em telecomunica��es. Em uma visita em setembro, o premi� chin�s Li Keqiang ofereceu apoio ao desenvolvimento cubano, como um "camarada e irm�o" enquanto Castro elogiou a China pelo crescimento que havia obtido.

Em cerca de US$ 2,2 bilh�es por ano, o com�rcio entre os dois pa�ses � pequeno frente �s transa��es chinesas com o restante da Am�rica Latina, as quais somam US$ 236 bilh�es. Mas a China � o principal credor de Cuba e maior segundo maior parceiro comercial, depois da Venezuela.

"Depois que a China aprofundou a reforma abriu sua economia, o desenvolvimento bilateral de la�os entre China e Cuba n�o se concentrou muito em ideologia", disse Zhu Feng, do Instituto de Estudos Internacionais da Universidade de Nanjing. "Desenvolvimento econ�mico e coopera��o, que s�o ben�ficos para a economia e o desenvolvimento social em ambos os pa�ses, se tornaram mais importantes"

As for�as geopol�ticas se realinharam desde o que, em fevereiro de 2006, Fidel doente passou a presid�ncia de Cuba ao seu irm�o Ra�l Castro. Em 2011, ele renunciou ao secretariado geral do Partido Comunista de Cuba. A ilha restaurou as rela��es diplom�ticas com os Estados Unidos no �ltimo ano, uma aproxima��o que a China viu com cautela.

Embora a morte de Fidel Castro aos 90 anos n�o seja vista como uma mudan�a para as rela��es entre Cuba e China, a not�cia foi recebida com um senso genu�no de pesar e nostalgia na China.

A TV estatal chinesa mostra horas de filmagens hist�ricas neste s�bado, destacando o carisma e a convic��o ideol�gica de Fidel Castro.

Nos becos pr�ximos ao brilhante complexo do World Trade Center chin�s, em Pequim, idosos neste s�bado falavam do legado do homem que surgiu com for�a durante a �poca da juventude deles.

"Era uma boa pessoa", disse Zhang, de 78 anos. "Cuba � nossa amiga e eu ainda lembro de participar do protesto contra os Estados Unidos quando tinha 20 anos", completa. "O nosso a��car era de Cuba".

Liang Yongxing, de 60 anos, disse que se sentiu surpresa com a not�cia da morte do antigo l�der cubano. "Excluindo a Coreia do Norte, acho que ele era a �ltima pessoa que era ligada ao socialismo puro", concluiu. Fonte: Associated Press.


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