Berlim – As for�as de seguran�a da Alemanha est�o � procura de um tunisiano cujos documentos foram encontrados no caminh�o que foi lan�ado contra pessoas que estavam em um mercado de Natal na capital Berlim. O atentado, ocorrido na segunda-feira, matou 12 pessoas e deixou outras 48 feridas. O Estado Isl�mico assumiu a responsabilidade pelo ataque contra o mercado pr�ximo � Igreja Memorial do Imperador Guilherme, no Centro da cidade. Pouco depois do ataque, a pol�cia prendeu um paquistan�s encontrado cerca de 1 quil�metro distante do mercado que coincidia com descri��es de testemunhas do motorista do caminh�o. Esse suspeito, por�m, foi liberado um dia depois.
A imprensa alem� noticiou ontem, sem identificar suas fontes, que autoridades buscavam um tunisiano de 23 anos cujos documentos foram encontrados na cabine do caminh�o. O nome dele seria Anis A., nascido em Tataouine, na Tun�sia, em 1992. Foi oferecida uma recompensa de 100 mil euros (cerca de R$ 350 mil) por informa��es que levem � pris�o do tunisiano.
O novo suspeito pelo ataque a um mercado de Natal de Berlim era investigado por terrorismo e seria alvo de deporta��o, afirmou uma graduada autoridade do setor de seguran�a do estado alem�o onde o homem havia se registrado. Anis A. estava no radar da intelig�ncia da Alemanha e era investigado por promotores estaduais sob suspeita de planejar um ataque, segundo as autoridades.
“Esta pessoa atraiu a aten��o de v�rias ag�ncias de seguran�a na Alemanha por causa de contatos com o meio radical isl�mico”, afirmou Ralf J�ger, ministro de Interior do Estado da Ren�nia do Norte-Vestf�lia, em entrevista coletiva. O pedido de asilo do tunisiano foi rejeitado em junho de 2016, mas ele n�o foi deportado por n�o ter um passaporte v�lido, segundo a autoridade.
Autoridades alem�es buscaram dar um novo passaporte para o homem, mas a Tun�sia inicialmente contestou o fato de que ele seria cidad�o tunisiano, disse J�ger. Os novos documentos para Anis A. chegaram justamente ontem, disse a autoridade. Autoridades disseram que o suspeito entrou na Alemanha em julho de 2015.
PISTAS
A pol�cia em Berlim disse que recebeu 508 pistas sobre o ataque at� a noite de ter�a-feira, mas n�o houve declara��es imediatas dos promotores sobre se elas levaram a algo concreto. Tamb�m n�o foi informado se haveria mais de um suspeito. O governo tunisiano tampouco deu informa��es sobre o caso.
O Estado Isl�mico reivindicou a responsabilidade no ataque por meio da ag�ncia de not�cias do grupo, a Amaq. N�o foi divulgado por�m, a identidade do respons�vel, descrito apenas como “um soldado do Estado Isl�mico”. Antes do comunicado, o principal promotor alem�o, Peter Frank, havia dito que aparentemente o autor do ataque seguiu instru��es do grupo extremista. “N�s n�o sabemos ao certo se houve um ou v�rios autores”, disse Frank. “N�o sabemos ao certo se ele, ou eles, teve apoio.”
O ataque aconteceu em um momento delicado para a chanceler alem�, Angela Merkel, que vai disputar um quarto mandato em 2017, mas que recebeu fortes cr�ticas recentemente por sua decis�o de abrir as fronteiras aos refugiados no ano passado. A entrada de 890 mil refugiados polarizou o pa�s e muitas vozes cr�ticas da decis�o de receber os migrantes usaram como argumento os riscos para a seguran�a.
Ap�s o ataque, os opositores denunciaram que a abertura de Merkel coloca o pa�s em risco. Marcus Pretzell, do partido de direita Alternativa para Alemanha, que tem um discurso anti-imigra��o, afirmou que as v�timas de Berlim s�o “os mortos de Merkel”.
ATAQUE FRUSTRADO
A pol�cia indon�sia desbaratou um plano para a execu��o de um atentado suicida no Natal, depois de matar tr�s suspeitos ontem e descobrir um esconderijo de armas. Um tiroteio aconteceu em uma casa em South Tangerang, nas proximidades da capital, Jacarta. A pol�cia informou que os suspeitos abriram fogo contra os agentes. “Pedimos aos tr�s homens que se entregassem, mas eles lutaram, um deles jogou uma bomba (contra os oficiais). Felizmente, a bomba n�o explodiu e atuamos com firmeza contra eles”, disse o porta-voz da pol�cia nacional, Rikwanto. O porta-voz explicou que o grupo planejava esfaquear um policial em uma delegacia e esperar que uma multid�o se reunisse diante do local para cometer um atentado suicida durante o feriado de Natal. A opera��o ocorreu menos de duas semanas depois da deten��o de quatro islamitas que preparavam um atentado contra os guardas no pal�cio presidencial.