A Alemanha vai deportar para o seu pa�s dois estrangeiros nascidos em territ�rio alem�o suspeitos de planejar um ataque islamita, primeiro sintoma do endurecimento das autoridades alem�s depois do atentado em Berlim em dezembro passado.
O Tribunal Administrativo Federal, acionado pelo minist�rio do Interior do estado regional da Baixa Sax�nia, autorizou a expuls�o dos dois homens, um nigeriano de 22 anos e um argelino de 27, presos no dia 9 de fevereiro em G�ttingen (centro) como parte de uma ampla opera��o, anunciou nesta ter�a-feira o ministro do Interior regional, Boris Pistorius.
De acordo com um porta-voz do minist�rio, citado pela ag�ncia de not�cias alem� DPA, esta � a primeira decis�o do tipo na Alemanha.
Os dois homens s�o suspeitos de preparar um ataque islamita. Conhecidos por pertencer aos c�rculos salafistas, foram classificados pela pol�cia alem� como potencialmente "perigosos".
Uma bandeira do grupo Estado Isl�mico e uma arma de fogo foram apreendidas em suas casas em G�ttingen, onde residiam com suas fam�lias.
A procuradoria n�o abriu uma investiga��o criminal, considerando que, mesmo que os dois suspeitos tivessem discutido a possibilidade de cometer um ataque, n�o tinham decidido nada de concreto.
Mas o ministro do Interior regional Boris Pistorius decidiu iniciar o processo de deporta��o, finalmente validado pelo Tribunal Administrativo Federal.
De acordo com a ag�ncia de not�cias alem� DPA, eles devem ser expulsos de forma r�pida e ser�o proibidos de voltar para a Alemanha.
A decis�o, tomada por uma regi�o administrada pelos social-democratas, ilustra o posicionamento mais duro das autoridades alem�s depois do ataque cometido em 19 de dezembro em um mercado de Natal em Berlim (12 mortos) por Anis Amri.
Este tunisiano de 24 anos teve o pedido de asilo rejeitado, mas n�o chegou a ser deportado em raz�o, de acordo com Berlim, da falta de coopera��o das autoridades tunisinas.
No final de fevereiro, a coaliz�o social-democratas/conservadores da chanceler Angela Merkel aprovou um projeto de lei para acelerar as deporta��es de milhares de requerentes de asilo e de estrangeiros considerados perigosos para a seguran�a nacional ou cujo pedido de asilo foi rejeitado.