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Estado de Minas

Congresso do partido anti-imigra��o alem�o come�a entre protestos e divis�es


postado em 22/04/2017 18:22

O partido anti-imigra��o Alternativa para a Alemanha (AfD) come�ou um congresso de dois dias, neste s�bado (22), marcado por lutas internas a cinco meses das elei��es legislativas e perturbado por protestos e incidentes com a pol�cia.

Nascido em 2013, o AfD registrou um avan�o nas pesquisas durante a crise migrat�ria de 2015-2016, quando a chanceler Angela Merkel abriu as fronteiras do pa�s para mais de um milh�o de solicitantes de asilo.

Nas pesquisas nos �ltimos meses, a sigla aparece perdendo espa�o, ap�s o freio do fluxo migrat�rio e o surgimento de uma guerra interna no partido.

O AfD se encontra em um momento de profunda divis�o. De um lado, est�o os "realistas", que n�o desejam que o partido seja assimilado pela extrema direita e, do outro, os que defendem uma "oposi��o fundamental" ao sistema.

Inspirando-se na l�der da extrema direita francesa, Marine Le Pen, a codirigente do partido, Frauke Petry, quer ampliar seu eleitorado, em um pa�s ainda marcado por seu passado nazista. Os defensores de uma linha mais dura continuam sendo, por�m, maioria entre os militantes, principalmente no leste, o grande reduto eleitoral do AfD.

O conflito ganhou uma nova dimens�o no s�bado, quando cerca de 600 delegados, reunidos at� domingo no congresso em Colonia (oeste), rejeitaram por ampla maioria debater a estrat�gia de "Realpolitik" preconizada por Petry.

L�der da ala dos "realistas" do partido, essa qu�mica de forma��o, de 41 anos, est� convencida de que pode levar o AfD ao poder em quatro anos, rompendo com o discurso de extrema direita e proibindo os deslizes racistas.

Os membros do partido devem decidir "se o AfD pode se tornar, para os eleitores, uma op��o realista para uma tomada de poder em 2021" e "como" pode atingir esse objetivo, disse Petry.

Os delegados se recusaram a votar sua mo��o, em um duro "rev�s" para Petry, segundo a imprensa alem�.

O ambiente tenso tamb�m era observado nas ruas de Colonia, onde 4.000 policiais foram mobilizados.

Dois policiais ficaram levemente feridos em confrontos com manifestantes que tentaram impedir que os delegados do AfD entrassem no hotel onde acontece o congresso.

Mais tarde, milhares de pessoas desfilaram pacificamente pela cidade, pedindo "diversidade e toler�ncia".

- Falta de candidato

Com assentos em 11 das 16 assembleias regionais alem�s, o AfD busca neste fim de semana uma linha comum para seu programa, com o objetivo de entrar pela primeira vez para o Parlamento alem�o neste outono.

Entre os pontos deste programa, est�o impedir a reunifica��o das fam�lias de refugiados presentes na Alemanha, retirar a nacionalidade alem� dos imigrantes culpados de "delitos importantes" e declarar o Isl� incompat�vel com a cultura alem�.

O codirigente do partido Joerg Meuthen foi ovacionado pelos presentes, neste s�bado, ao criticar as "pol�ticas de imigra��o absurdas" da chanceler alem�, Angela Merkel, e de seu rival, o socialdemocrata Martin Schulz.

"N�o queremos ser uma minoria no nosso pr�prio pa�s", declarou.

At� pouco tempo atr�s, as pesquisas davam ao AfD at� 15% das inten��es de voto. Desde janeiro, por�m, essa porcentagem caiu para entre 7% e 11%, o que continua sendo um n�vel hist�rico para um partido desse tipo na Alemanha do P�s-Guerra.

Ainda assim, o AfD parece estar longe de alcan�ar um resultado nas legislativas de setembro que lhe permita se tornar a terceira for�a pol�tica do pa�s, atr�s da CDU de Merkel e do socialdemocrata SPD.

Na quarta-feira (19), Frauke Petry surpreendeu ao anunciar que n�o queria encabe�ar as listas da forma��o nas elei��es de setembro, deixando o partido em uma situa��o complicada pela falta de candidato.

Petry afirma que as "tens�es internas" e os deslizes racistas criaram "uma eros�o dr�stica do potencial eleitoral" do partido.

Seu principal advers�rio interno � Alexander Gauland, de 76 anos, que tem muito apoio no leste da Alemanha.

At� o momento, Gauland conseguiu resistir aos ataques da colega e impediu a expuls�o de dirigentes do partido que fizeram declara��es pol�micas sobre o nazismo. Neste s�bado, por�m, disse esperar que sua rival tenha um papel importante na campanha.

Petry � "uma cara importante, talvez a mais importante do partido", declarou.


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