O ex-assessor de Seguran�a Nacional do presidente Donald Trump, Michael Flynn, nunca reportou ter recebido pagamentos de entidades russas em seu principal formul�rio de seguran�a, disse um importante congressista nesta segunda-feira.
O representante republicano Jason Chaffetz disse que Flynn violou a lei ao n�o informar que recebeu pagamentos da emissora russa RT, na renova��o de sua declara��o de seguran�a, no in�cio de 2016.
Flynn, ex-chefe da Ag�ncia de Intelig�ncia de Defesa (DIA) e o assessor de mais alto escal�o de Seguran�a Nacional de Trump durante a campanha eleitoral de 2016, recebeu mais de 33 mil d�lares por participar de um jantar de gala oferecido pela RT em dezembro de 2015, onde se sentou � mesa com o presidente russo, Vladimir Putin.
Chaffetz, presidente do Comit� de Controle da C�mara Baixa, disse que n�o consta que o general reformado de tr�s estrelas tenha solicitado uma autoriza��o para participar do evento, nem que tenha informado sobre o pagamento na renova��o de sua presta��o de contas um m�s depois.
"Pessoalmente, n�o vejo informa��es ou dados que fundamentem a ideia de que o general Flynn respeitou a lei", disse Chaffetz depois de um relat�rio de oficiais da DIA ao Comit�.
O congressista democrata Elijah Cummings, vice-presidente do Comit�, afirma que as viola��es relatadas podem constituir crimes pass�veis de at� cinco anos de pris�o.
Flynn nega as acusa��es, em meio a informes de que est� sob investiga��o tanto pelo Departamento de Defesa como pelo FBI (a Pol�cia Federal americana).
O Conselho de Seguran�a Nacional se viu obrigado a demiti-lo em 13 de fevereiro, ap�s revelarem que manteve reiterados contatos com o embaixador russo nos Estados Unidos no fim de dezembro, em um momento em que a R�ssia era objeto de san��es do governo de Obama.
Seu advogado afirmou no fim de mar�o que Flynn prop�s testemunhar sobre os supostos v�nculos entre a R�ssia e a campanha de Donald Trump em troca de imunidade, mas que n�o aceitou.
Investiga��es do Congresso e do FBI analisam uma poss�vel inger�ncia de Moscou na campanha presidencial de 2016 e, sobretudo, uma poss�vel coniv�ncia entre pessoas pr�ximas a Trump e respons�veis russos.
O jornal The New York Times citou uma fonte do Congresso que afirmou que os investigadores est�o tentando chegar a um acordo com Flynn at� que avancem com suas investiga��es e tenham uma ideia mais clara das informa��es que o ex-assessor pode oferecer.
Depois de sua ren�ncia, teria aceitado 530 mil d�lares para advogar em favor da Turquia, sem se registrar como agente estrangeiro, como requer a lei.
Tamb�m aceitou 11.250 d�lares de uma companhia a�rea russa e de uma empresa de seguran�a inform�tica com sede na R�ssia.
Chaffetz disse que Flynn � pass�vel de ser sancionado pelo Pent�gono, que poderia exigir que ele devolvesse as quantias recebidas.