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Estado de Minas

Volta ao trabalho nesta segunda-feira gera temores de "cibercaos" pelo mundo

Autoridade policial da Gr�-Bretanha teme que o n�mero de v�timas siga crescendo quando trabalhadores de todo o mundo ligarem os seus computadores


postado em 14/05/2017 15:31 / atualizado em 14/05/2017 17:58

(foto: Andrew Caballero-Reynolds/Divulgação)
(foto: Andrew Caballero-Reynolds/Divulga��o)
O ciberataque que atinge mais de 150 pa�ses desde a sexta-feira alimenta temores de recrudescimento do v�rus e um "cibercaos" nesta segunda-feira, assim que as pessoas voltarem para o trabalho e os computadores forem ligados.

"O �ltimo balan�o chega a mais de 200 mil v�timas, principalmente empresas, em ao menos 150 pa�ses. Realizamos opera��es contra 200 ciberataques por ano, mas nunca hav�amos visto algo assim", declarou o diretor do servi�o europeu de pol�cia Europol, Rob Wainwright, � rede brit�nica ITV. O ataque ocorreu de "forma indiscriminada" e "se propagou muito rapidamente", acrescentou o diretor da Europol, que teme que o n�mero de v�timas siga crescendo.

"A partir do momento em que a escala � t�o grande, devemos nos perguntar se o objetivo � o cibercaos", manifestou Laurent Heslault, diretor de estrat�gias de seguran�a na empresa de seguran�a inform�tica Symantec.

Da R�ssia � Espanha e do M�xico ao Vietn�, milhares de computadores, sobretudo na Europa, est�o infectados desde a sexta-feira pelo v�rus "ransomware" (de 'ransom', resgate em ingl�s, e 'ware' por 'software'), que explora uma falha nos sistemas operacionais do Windows divulgada nos documentos hackeados da ag�ncia de seguran�a nacional americana NSA.

O v�rus bloqueia os documentos dos usu�rios e os hackers exigem que suas v�timas paguem uma quantia de dinheiro na moeda eletr�nica bitcoin (dif�cil de rastrear) para que possam acessar novamente seus arquivos.

Segundo Ryan Kalember, vice-presidente s�nior da Proofpoint, empresa de seguran�a virtual que ajudou a interromper o ataque, se aparecer uma varia��o do v�rus sem o dispositivo conhecido como "kill switch", as empresas estar�o sozinhas para prevenir o dom�nio de seus computadores.

Poucos pagamentos
Rob Wainwright revelou que "houve muito poucos pagamentos at� agora", mas n�o passou valores. De acordo com a Symantec, at� o meio-dia de s�bado haviam sido registradas 81 transa��es no valor total de 28.600 d�lares.

O ataque perturbou o funcionamento dos hospitais brit�nicos, das f�bricas da Renault, da companhia americana FedEx, do sistema banc�rio russo ou de universidades de Gr�cia e It�lia, entre outros.

A Europol estimou que nenhum pa�s foi particularmente mais afetado. Insistiu ainda sobre a rapidez com a qual foi propagado o v�rus "Wannacry". "Come�ou atacando os hospitais brit�nicos antes de propagar-se rapidamente pelo planeta. Quando uma m�quina est� contaminada, o v�rus escaneia a rede local e contamina todos os computadores vulner�veis", explicou o porta-voz da Europol, Jan Op Gen Oorth.

O investigador brit�nico em ciberseguran�a que freou a propaga��o do v�rus alertou, neste domingo, que os hackers podem voltar � a��o mudando o c�digo e que, neste caso, ser� imposs�vel det�-los. Os computadores "n�o estar�o seguros at� que a corre��o seja instalada o mais r�pido poss�vel", tuitou em sua conta @MalwareTechBlog.

Salvou o mundo

A Microsoft reativou uma atualiza��o de determinadas vers�es de seus programas para enfrentar o ciberataque, que afeta especialmente o Windows XP. O novo sistema operacional Windows 10 n�o foi atacado.

O investigador, que deseja permanecer no anonimato, foi tratado como um her�i que "salvou o mundo" pela imprensa brit�nica. O jornal Sunday Mail encontrou uma fotografia do jovem, que se dedica ao surfe em seu tempo livre e que vive na casa dos pais, no sul da Inglaterra.

A ministra brit�nica do Interior, Amber Rudd, advertiu em um artigo publicado no jornal Sunday Telegraph que � poss�vel esperar outros ataques e destacou que "talvez nunca conhe�amos a verdadeira identidade dos autores" do ataque desta sexta-feira.

"� muito dif�cil identificar e at� mesmo localizar os autores do ataque. Realizamos um combate complicado frente a grupos de cibercriminalidade cada vez mais sofisticados que recorrem � criptografia para dissimular sua atividade. A amea�a � crescente", ressaltou Rob Wainwright.

O servi�o de sa�de p�blica brit�nico (NHS), que conta com 1,7 milh�o de funcion�rios, parece ter sido uma das principais v�timas e potencialmente � o caso mais preocupante devido ao risco para a sa�de dos pacientes.

"A vulnerabilidade dos sistemas de sa�de p�blica de v�rios pa�ses nos preocupa h� tempos", declarou o diretor da Europol. "Entretanto, vimos que poucos bancos foram afetados porque j� aprenderam a li��o".


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