As declara��es pol�micas e gestos exagerados do presidente americano Donald Trump podem comprometer a coes�o do G7, cuja reuni�o de c�pula foi iniciada nesta sexta-feira em Taormina, na Sic�lia, com uma agenda carregada.
"N�o h� d�vida de que esta ser� a c�pula do G7 mais dif�cil dos �ltimos anos", alertou nesta sexta-feira o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, enquanto as quest�es litigiosas - luta contra o aquecimento global e com�rcio global - abundam com os Estados Unidos.
Os sete chefes de Estado e de Governo se reuniram nesta sexta-feira ao meio-dia no majestoso teatro grego deste pequeno balne�rio siciliano para uma foto de fam�lia, antes de caminharem para o local da reuni�o.
Ao passar perto da pra�a central da pequena cidade, com vista para o Mediterr�neo, muitos l�deres, incluindo Trump, a chanceler alem� Angela Merkel ou o chefe de Governo italiano Paolo Gentiloni, pararam para apreciar a vista e conversar.
O momento de descontra��o foi analisado com cuidado, principalmente entre Merkel e Trump, depois dos vazamentos na imprensa de declara��es supostamente feitas pelo presidente americano.
"Os alem�es s�o maus, muito maus", teria dito Trump durante a sua reuni�o na quinta-feira em Bruxelas com os l�deres da Uni�o Europeia, segundo o site da Der Spiegel.
"Vejam os milh�es de carros que vendem nos Estados Unidos. Horr�vel. Vamos parar com isso", disse ele.
Uma situa��o que pode esfriar a atmosfera deste G7 que deveria reafirmar a coes�o de seus membros, principalmente sobre o terrorismo, ap�s o ataque que matou 22 pessoas, entre elas muitas crian�as, na ter�a-feira em Manchester, sudoeste da Inglaterra.
Merkel n�o fez coment�rios em sua chegada em Taormina, que vive literalmente em estado de s�tio h� v�rios dias, com cerca de 7.000 homens designados para proteger os chefes de Estado e de Governo dos sete pa�ses mais rico do mundo (Estados Unidos, Jap�o, Alemanha, Fran�a, Gr�-Bretanha, It�lia e Canad�).
O presidente da Comiss�o Europeia Jean-Claude Juncker e Tusk tentaram minimizar as declara��es de Donald Trump, mas n�o negaram as revela��es da revista alem�.
"N�o � verdade que o presidente (Trump) teve uma abordagem agressiva. Foi um problema de tradu��o. Ele n�o disse que os alem�es se comportavam mal, ele disse que havia um problema. N�o foi agressivo", declarou Juncker.
De toda forma, os parceiros do G7 desejam esclarecimentos sobre a posi��o americana em v�rias quest�es, incluindo o aquecimento global e com�rcio internacional.
- 'Reuni�o �til' -
Gentiloni prometeu fazer todo o poss�vel para aproximar os pontos de vista, a fim de tornar este encontro "uma reuni�o �til".
O G7 deve reafirmar seu compromisso na luta contra o terrorismo isl�mico.
A primeira-ministra brit�nica, Theresa May, que retornar� nesta sexta � noite a Londres, dever� falar no in�cio da tarde aos seus colegas para explicar o qu�o � essencial n�o baixar a guarda. Ela j� recebeu o apoio do presidente franc�s Emmanuel Macron, que participa de seu primeiro G7.
Mas o clima se anuncia mais pesado para as negocia��es clim�ticas futuras ou com�rcio internacional.
O aquecimento global, tema sobre o qual o presidente americano se recusa a se pronunciar, "ser� o mais complicado", alertou na quarta-feira a equipe do presidente franc�s, que, ao que parece, pretende colocar press�o sobre o governo dos Estados Unidos sobre esta quest�o.
Mas nada permite prever que os l�deres do G7 v�o conseguir encontrar um terreno comum sobre este assunto crucial.
Outro tema de dissens�o, o com�rcio internacional e o papel de �rbitro da OMC, onde os Estados Unidos querem rever a sua posi��o, enquanto Paris deseja o acordo "o mais ambicioso poss�vel em defesa do sistema multilateral".
O conselheiro econ�mico do presidente Trump, Gary Cohn, disse esperar uma discuss�o "firme" sobre o assunto.
"Vamos continuar a lutar por aquilo que pensamos ser justo, isto �, o com�rcio livre, aberto, mas equilibrado", assegurou ele a rep�rteres.
