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Estado de Minas

M�xico: diminuem expectativas de resgatar sobreviventes do terremoto


postado em 22/09/2017 23:46

Familiares de pessoas reportadas com vida em meio �s ru�nas de edif�cios da capital mexicana viviam uma mistura de expectativa e ang�stia nesta sexta-feira (22), passadas mais de 72 horas do terremoto de 7,1 graus na ter�a-feira.

Socorristas locais e internacionais mobilizavam esfor�os para encontrar sobreviventes e evitar a todo custo que se somem � lista de quase 300 mortos causados pelo tremor.

Repetiam-se cenas emocionantes, como quando dezenas de pessoas cantaram o hino mexicano ap�s terminarem os trabalhos de resgate, os especialistas japoneses que tiraram os capacetes e fizeram rever�ncia diante de um cad�ver que recuperaram, ou um volunt�rio que disse a uma jovem, brincando, que ter� de convidar todos os socorristas a jantar.

O protocolo p�s-sismos estabelece que as chances de sobreviv�ncia de uma pessoa presa sob escombros chega ao limite 72 horas depois. Em outras trag�dias, por�m, a resist�ncia humana superou essas expectativas, como no terremoto de 1985, que deixou mais de dez mil mortos na Cidade do M�xico.

Do presidente mexicano, Enrique Pe�a Nieto, ao prefeito da capital, Miguel Mancera, as autoridades reiteraram, contudo, o compromisso de estender o resgate at� que se esgotem os sinais de vida.

Segundo o prefeitura, em ao menos tr�s pontos da Cidade do M�xico aparelhos de alta tecnologia detectaram a presen�a de pessoas com vida sob os escombros: a escola onde morreram 19 crian�as, um pr�dio de apartamentos no bairro de Tlalpan e tr�s constru��es no bairro de Del Valle.

Os socorristas tamb�m t�m esperan�as de resgatar pessoas com vida no elegante eixo Roma-Condesa.

"A miss�o � localizar, buscar e resgatar pessoas com vida. Ainda temos esperan�as de resgatar mais gente (...). De maneira nenhuma vamos meter as m�quinas pesadas", disse o prefeito Mancera.

No sul da cidade, a confirma��o de que duas mulheres est�o vivas sob as ru�nas de um pr�dio aviva a esperan�a.

"Tem uma mulher (...) professora, que mora naquele extremo do edif�cio, e h� quatro socorristas l�", disse a jornalistas a brigadista Paula Mart�nez.

"Onde est�o os (socorristas) japoneses especializados? Tem outra mulher, ainda n�o fizeram contato f�sico com ela, mas contato auditivo, j�", acrescentou.

Ali, os trabalhos de resgate se realizam sob uma bandeira mexicana que os socorristas penduraram em uma �rvore pr�xima.

Enquanto isso, no bairro de Roma, no centro, Teresa Ram�rez, bombeira de 45 anos, admite em declara��es � AFP se sentir impotente pela falta de profissionalismo que observou durante a emerg�ncia.

"Gra�as a Deus, chegaram especialistas internacionais, porque j� queriam entrar com maquin�rio pesado", conta a mulher. Sua prima, uma contadora de 42 anos, est� presa em um pr�dio.

- O resgate n�o para -

Debaixo da montanha de escombros em que este edif�cio de sete andares se transformou tamb�m h� esperan�a de encontrar gente com vida.

Parentes asseguram que pelo menos dez pessoas permaneceriam no que foi o quarto andar, pelo que socorristas japoneses e israelenses chegaram para refor�ar as buscas.

Pendurado por uma corda, um letreiro vermelho com letras pretas resume o clamor geral: "N�o �s m�quinas, sim � esperan�a". Abaixo, estima-se que oito pessoas continuem soterradas.

Sob cust�dia de pol�cias e militares - e o olhar de dezenas de jornalistas - lonas e tendas de campanha foram colocadas por volunt�rios em frente ao local do desabamento para os familiares, mas quase ningu�m dorme.

Enviados para as zonas cr�ticas, jornalistas da AFP contaram que os trabalhos continuam, e n�o se via a presen�a de m�quinas para remo��o de escombros, embora tenham presenciado uma confus�o de uma centena de civis que, enfurecidos, acusavam os policiais de querer parar os resgates.

A prefeitura tamb�m sustenta que os esfor�os se esgotar�o, enquanto a Marinha contava, at� quinta-feira, 115 pessoas resgatadas com vida e 88 j� falecidas.

"N�o h� nenhuma instru��o, nenhuma inten��o, nenhuma forma de que se pare neste momento a busca das pessoas", disse o ministro de Governo (Interior), Miguel Osorio, � r�dio Grupo F�rmula ao rejeitar os boatos que correm nas redes sociais.

At� esta sexta-feira, somavam-se 295 mortos no terremoto de magnitude 7,1: 157 na Cidade do M�xico, 73 no estado de Morelos, 45 em Puebla, 13 no estado do M�xico, 6 em Guerrero e um em Oaxaca, segundo dados da Defesa Civil Federal.

- Crian�as na rua -

Apesar de terem sido instalados quase 50 abrigos, a organiza��o Save The Children alertou que centenas de crian�as dormem nas ruas e em parques p�blicos, em barracas improvisadas de campanha feitas de pl�stico e de papel�o, expostos ao frio e a chuvas espor�dicas.

Estima-se que mais de 100 mil crian�as na Cidade do M�xico tenham sido afetadas, ou vivam em �reas muito danificadas, segundo um comunicado.

Enquanto isso, socorristas americanos, israelenses, chilenos e colombianos trabalham em diversos pontos da cidade, correndo contra o rel�gio para salvar mais vidas.

A Chancelaria de Taiwan confirmou que quatro de seus concidad�os morreram no terremoto, entre eles duas mulheres.

Reportam-se mais de duas mil resid�ncias danificadas, muitas das quais foram desocupadas.

Suspensas desde a quarta-feira, as aulas ser�o retomadas parcialmente nos estados afetados pelo sismo.

O M�xico se situa entre cinco placas tect�nicas, cujos movimentos o tornam entre os pa�ses com maior atividade s�smica no mundo.

Em 7 de setembro, um terremoto de magnitude 8,1, o mais forte em um s�culo no M�xico, deixou 96 mortos e mais de 200 feridos no sul do pa�s.


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