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Estado de Minas

Entenda como vive a popula��o da Coreia do Norte na ditadura de Kim Jong-un

Rep�rter passa 10 dias no pa�s que tem atra�do as aten��es mundiais com testes nucleares e briga com o gigante EUA


postado em 24/09/2017 06:00 / atualizado em 24/09/2017 20:56

Ver galeria . 16 Fotos Guias e intérpretes escalados para acompanhar os estrangeiros nas raras excursões turísticas fazem de tudo para impressioná-los e chamam a atenção até para itens comuns no exterior, como a captação de energia solar ou um simples elevadorRenato Alves/CB/D.A Press
Guias e int�rpretes escalados para acompanhar os estrangeiros nas raras excurs�es tur�sticas fazem de tudo para impression�-los e chamam a aten��o at� para itens comuns no exterior, como a capta��o de energia solar ou um simples elevador (foto: Renato Alves/CB/D.A Press )

Pyongyang – Carros novos, edif�cios altos, centros de estudos com milhares de computadores, um exclusivo clube de h�pica, lojas com produtos encontrados em um t�pico pa�s capitalista. Kim Jong-un transformou Pyongyang em vitrine do regime. O governo direciona a maior parte dos investimentos n�o destinados ao seu programa nuclear � capital da Coreia do Norte, onde, ao menos oficialmente, todos t�m acesso a servi�os b�sicos da melhor qualidade, al�m de amplas e completas instala��es para atendimento nas �reas da sa�de e educa��o, al�m de entretenimento.


Chama ainda mais a aten��o em Pyongyang a aus�ncia de qualquer sinal de desigualdade social ou dos mais simpl�rios problemas de sa�de entre os seus 2,8 milh�es de habitantes. Em 10 dias de estada na cidade, a reportagem n�o encontrou um �nico mendigo nas ruas, tampouco algu�m descal�o ou com roupas velhas. Tamb�m n�o avistou deficiente f�sico, cadeirante, nem algu�m de muletas. Nem sequer uma pessoa com gesso ou faixa. � como se os moradores da capital n�o adoecessem.
Vitrine do regime norte-coreano, a capital cultua o líder Kim Jong-un, cujo regime garante dar todo acesso à saúde, educação e diversão(foto: Renato Alves/CB/D.A Press)
Vitrine do regime norte-coreano, a capital cultua o l�der Kim Jong-un, cujo regime garante dar todo acesso � sa�de, educa��o e divers�o (foto: Renato Alves/CB/D.A Press)

Pyongyang abriga s� a elite do pa�s, as pessoas consideradas mais fi�is ao governo. A capital exibe um bom n�mero de t�xis e outros ve�culos e vive um pequeno boom na constru��o civil. As guardas de tr�nsito, que ficaram famosas por orientar o tr�fego por horas em ruas vazias, t�m tido mais trabalho. Mas nada que justifique a presen�a delas em qualquer cruzamento da cidade onde h� sem�foro. N�o h� engarrafamento em Pyongyang. Ainda � poss�vel ver avenidas sem um ve�culo por minutos, de dia. �s 21h, tudo fecha. Quase todas as luzes se apagam. Nas ruas, s� se veem as fotos e est�tuas do l�deres iluminadas.

Os norte-coreanos n�o podem ter um carro pr�prio. � lei, mas as elites sociais, formadas basicamente pelos integrantes dos postos mais altos do Partido Comunista, andam em t�xis novos e sempre limpos ou em sed�s chineses e Pyeonhwa, de fabrica��o local. Uma minoria mais poderosa e abonada desfila por Pyongyang em atuais modelos da BMW e da Mercedes Benz, que contrastam com as Mercedes azul- claro dos anos 1980, destinadas a transporte de convidados, e com velhos bondes do transporte p�blico. Pollos da cor branca, novos, s�o os carros oficiais mais usados por membros do partido em servi�o.

Celulares e cachorros
O acesso � sa�de e � educa��o continuam sendo gratuitos, assim como o consumo de energia el�trica e g�s. Mas n�o h� mais as cadernetas para controle de ra��o para cada fam�lia. Elas deram lugar a c�dulas e a cart�es de cr�dito, aceitos s� na Coreia do Norte. A maioria dos moradores de Pyongyang recebe um sal�rio estatal — cerca de 5 mil wons em m�dia, o equivalente a US$ 50 no c�mbio oficial. Eles pagam muito menos pelos mesmos produtos do que os estrangeiros, proibidos de frequentar estabelecimentos destinados s� aos locais. Nos bairros mais novos, constata-se um novo fen�meno norte-coreano: a cria��o de animal dom�stico.

Uma cidade sem selfie

A classe m�dia pode, se tiver dinheiro suficiente, consumir produtos estrangeiros, tomar um caf� ou jantar e almo�ar em restaurantes. O celular chegou ao pa�s em 2008, mas seu uso � limitado. N�o h� como fazer liga��es internacionais, nem para estrangeiros morando no pa�s. Os norte-coreanos tiram fotos com seus aparelhos e trocam arquivos MP3 entre si. Mas n�o h� selfie. Portanto, n�o h� paus de selfie. Os norte-coreanos tamb�m leem livros nacionais e o jornal do Partido dos Trabalhadores, Rodong Sinmun, nos celulares. Os moradores n�o param de destacar as virtudes de Pyongyang. Os guias e int�rpretes escalados para acompanhar os estrangeiros nas raras excurs�es tur�sticas fazem de tudo para impression�-los. Chamam a aten��o at� para itens comuns no exterior, como a capta��o de energia solar ou um elevador. “Moderno” � o adjetivo mais ouvido pelos visitantes. “Edif�cio moderno”, “zool�gico moderno”, “ve�culos modernos”.


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