O presidente sul-africano, Jacob Zuma, encerrou neste s�bado sua etapa pol�mica � frente do Congresso Nacional Africano (CNA) reconhecendo sem rodeios o decl�nio e as divis�es no partido no poder desde 1994, que deve agora eleger seu sucessor.
Diante de milhares de delegados reunidos em Johannesburgo, Zuma reconheceu que a popula��o n�o est� "satisfeita com o CNA", principalmente "em termos de corrup��o, criminalidade e emprego".
"Nosso fracasso na hora de resolver os problemas come�a a pesar sobre o nosso movimento. Por isso, nosso povo fica frustrado quando perdemos tempo brigando entre n�s em vez de resolver os desafios di�rios que ele enfrenta", assinalou.
O chefe de Estado abriu com este discurso a confer�ncia de seu partido que deve designar seu sucessor. Esta elei��o � considerada fundamental na hist�ria p�s-apartheid do pa�s, mas marcada por acusa��es de corrup��o contra Zuma.
Quem vencer tem muitas possibilidades de ser eleito presidente do pa�s, apesar de o partido estar envolvido em esc�ndalos de corrup��o e ter perdido a aura e a popularidade que contava quando Nelson Mandela foi eleito presidente em 1994, marcando o fim do regime de discrimina��o racial.
A crise econ�mica, falta de empregos e corrup��o amea�am privar o ANC da maioria absoluta nas elei��es gerais de 2019.
A disputa pela presid�ncia � um duelo acirrado entre o vice-presidente Cyril Ramaphosa, um ex-sindicalista convertido em empres�rio milion�rio, e a candidata apoiada por Zuma, sua ex-mulher e ex-presidente da Uni�o Africana (UA), Nkosazana Dlamini Zuma.
Apoiado pela ala moderada do ANC, Ramaphosa, de 65 anos, se apresenta como capaz de retomar o crescimento e critica o cl� Zuma.
Por sua parte, Nkosazana, 68 anos, defende uma transforma��o radical da economia para favorecer os negros do pa�s.
