Tr�s partidos opositores venezuelanos asseguraram que a decis�o da governista Assembleia Constituinte de ordenar que se inscrevam no poder eleitoral para terem direito a disputar as elei��es presidenciais de 2018 � "um deboche" � negocia��o com o governo.
"Alertamos o presidente de Rep�blica Dominicana, Danilo Medina, e a miss�o de chanceleres avalistas do processo de negocia��o sobre estas novas a��es que representam um deboche ao esfor�o de concerta��o", destacam em um comunicado.
Os partidos afetados s�o a A��o Democr�tica, do ex-l�der parlamentar Henry Ramos Allup; o Primeiro Justi�a, do ex-candidato presidencial Henrique Capriles, e o Vontade Popular, de Leopoldo L�pez - em pris�o domiciliar.
Estas organiza��es, as tr�s principais da coaliz�o Mesa da Unidade Democr�tica (MUD), dever�o se reinscrever porque n�o participaram das municipais de 10 de dezembro, ao considerar que houve irregularidades nas elei��es de governadores de 15 de outubro, nas quais o chavismo arrasou.
"A ditadura de (o presidente Nicol�s) Maduro desenha e pretende consolidar uma oposi��o � sua conveni�ncia. Isto n�o deter� a luta que nossas organiza��es empreendem por elei��es limpas, transparentes", acrescenta do documento.
Os partidos disseram ter faculdade para disputar elei��es "ou se absterem de faz�-lo se considerarem que n�o est�o dadas as condi��es", e lembraram que, segundo a lei, s� devem ser validados aqueles que n�o participarem de duas elei��es consecutivas.
"A validar, a validar. V�o reclamar do que? Que reclamem do que quiserem", reagiu na noite de quarta-feira Diosdado Cabello, membro da toda-poderosa Constituinte, ao dar mais detalhes sobre o decreto, que n�o esclarece se tem efeito retroativo.
Dois dos principais l�deres opositores, de qualquer forma, n�o podem competir: Capriles est� inabilitado e L�pez cumpre pena, acusado de instigar a viol�ncia em protestos contra Maduro em 2014, que deixaram 43 mortos.
"As organiza��es pol�ticas para participar dos processos eleitorais nacionais, regionais ou municipais dever�o ter participado nas elei��es do per�odo constitucional de �mbito nacional, regional ou municipal imediatamente anterior", indica o decreto da Constituinte, integrada exclusivamente por governistas.
Analistas acreditam que o governo antecipar� as presidenciais para aproveitar um racha na oposi��o. Se isto ocorrer, o tempo joga contra estes tr�s partidos opositores no processo de inscri��o.
O tema das garantias eleitorais para as presidenciais � a demanda central da oposi��o na mesa de negocia��es, que celebrar� sua terceira rodada de 11 e 12 de janeiro na Rep�blica Dominicana.