Tr�s cientistas foram contemplados nesta quarta-feira (3) com o Pr�mio Nobel de Qu�mica por terem aproveitado o poder da evolu��o biol�gica para alcan�ar uma s�rie de avan�os decisivos para o meio ambiente e a sa�de.
Confira no que consistiram estas descobertas?
- Novas enzimas -
A americana Frances Arnold foi premiada por ter usado os princ�pios da evolu��o para desenvolver novas enzimas, as prote�nas que representam a base qu�mica essencial para a vida.
Inicialmente, tentou fazer isso empregando m�todos mais tradicionais, mas registrou avan�os quando permitiu que as for�as evolutivas, como a sele��o natural e o acaso, assumissem o desenvolvimento das enzimas, ao mesmo tempo em que as guiava sutilmente.
Foi o primeiro passo em dire��o a uma revolu��o neste campo, dado que permitiu criar subst�ncias qu�micas menos poluentes, novos f�rmacos e biocombust�veis, segundo a Real Academia de Ci�ncias da Su�cia, que concede o Nobel.
- Medicamentos pioneiros -
Os princ�pios desta evolu��o guiada tamb�m foram utilizados pelos outros dois premiados, o americano George Smith e o brit�nico Gregory Winter, que se concentraram em v�rus que infectam as bact�rias, chamados bacteri�fagos ou fagos.
Smith utilizou este elemento invasor para inventar um m�todo "elegante" chamado "phage display", que permite produzir novas prote�nas.
Gregory Winter aplicou depois a descoberta de Smith para desenvolver o primeiro f�rmaco do mundo baseado completamente em um anticorpo humano.
Isto permitiu desenvolver medicamentos capazes de agir contra determinadas c�lulas tumorais, artrite, a toxina que provoca o antraz ou de desacelerar o l�pus e inclusive curar, em alguns casos, o c�ncer metast�tico.
Outros muitos tipos de anticorpos s�o objeto atualmente de ensaios cl�nicos, inclusive para tratar o Alzheimer, segundo a Academia.
Alan Boyd, presidente da Faculdade brit�nica de Medicina Farmac�utica, aplaudiu o pr�mio.
"O uso de anticorpos � uma mudan�a paradigm�tica, no sentido de que agora tratamos muitas doen�as com benef�cios significativos para os pacientes em todo o mundo e isto continuar� nos pr�ximos anos", disse.