Veja as principais rea��es ao pr�mio Nobel da Paz entregue nesta sexta-feira (5) ao m�dico congol�s Denis Mukwege e � yazidi iraquiana Nadia Murad, ex-escrava do Estado Isl�mico, dois s�mbolos da luta contra a viol�ncia sexual empregada como "arma de guerra" nos conflitos.
Mukwege dedica pr�mio �s "mulheres v�timas de conflitos e da viol�ncia cotidiana"
O m�dico ginecologista Denis Mukwege dedicou seu pr�mio "�s mulheres de todos os pa�ses v�timas de conflitos e confrontadas � viol�ncia cotidiana". "Este pr�mio sup�e um reconhecimento do sofrimento e da falta de justi�a para as mulheres v�timas de estupros e de viol�ncia sexual em todos os pa�ses do mundo".
Para Nadia Murat, Nobel honra "todas as mulheres" que sofreram viol�ncia sexual
O Nobel da Paz � importante "para todas as mulheres" v�timas de viol�ncia sexual, estimou Nadia Murad, acrescentando que o pr�mio "significa muito, n�o apenas para mim, mas para todas as mulheres no Iraque e no mundo inteiro". "N�o � f�cil, para mim, falar o que aconteceu comigo, porque n�o � f�cil, particularmente para as mulheres no Oriente M�dio, dizer que fomos escravas sexuais", ressaltou.
Uma "honra para os iraquianos" (presidente iraquiano, Barham Saleh)
Este Nobel � uma "honra para todo os iraquianos que combateram o terrorismo". Este pr�mio � tamb�m um "reconhecimento da situa��o desesperada" dos yazidis.
Kinshasa "felicita" Mukwege, apesar de "diverg�ncias"
"O governo felicita o doutor Denis Mukwege pelo trabalho muito importante que ele faz (pelas mulheres estupradas) mesmo que muitas vezes estejamos em desacordo", declarou � AFP o porta-voz do governo congol�s Lambert Mende.
Eles defendem os "valores comuns" da ONU (secret�rio-geral da ONU, Antonio Guterres)
"Como embaixadora da Boa Vontade do Escrit�rio das Na��es Unidas contra as Drogas e o Crime desde 2016", Nadia Murad "apoia as v�timas da escravid�o sexual e do tr�fico de seres humanos", e os esfor�os para que "seus l�deres sejam levados � Justi�a". "Sua poderosa defesa (...) ajudou a desencadear uma investiga��o da ONU" sobre esses crimes.
"Apesar das amea�as de morte regulares, Denis Mukwege criou o hospital Panzi na Rep�blica Democr�tica do Congo, um abrigo para v�timas de maus-tratos". "A ONU o apoiou". "Como um cirurgi�o competente e sens�vel, ele n�o apenas 'consertou' corpos quebrados, mas tamb�m restaurou a dignidade e a esperan�a".
"Profundo respeito" (presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk)
"Tenho o mais profundo respeito pela coragem, a compaix�o e a humanidade dos dois vencedores".
"Fazer brilhar a luz" (secret�rio-geral da Otan, Jens Stoltenberg)
"Obrigado por seus esfor�os para fazer brilhar a luz e acabar com um dos crimes mais sombrios: a viol�ncia sexual como arma de guerra".
"Um grito de humanidade" (Steffen Seibert, porta-voz da chanceler Angela Merkel)
"S�o dois excelentes laureados que lan�am um grito de humanidade em meio a horrores inimagin�veis".
"Extraordinariamente corajoso" (alta comiss�ria da ONU para os direitos humanos, Michelle Bachelet)
"� um reconhecimento amplamente merecido para esses dois defensores extraordinariamente corajosos, perseverantes e eficazes contra a viol�ncia sexual e o uso do estupro como arma de guerra".
"For�a, coragem e vis�o" (chefe da diplomacia da Uni�o Europeia, Federica Mogherini)
Este Nobel "celebra a for�a, a coragem e a vis�o, as hist�rias de um homem e de uma mulher que arriscaram suas pr�prias vidas para ajudar, proteger e salvar outras pessoas".
"Um grande dia" (Vian Dakhil, deputada yazidi no Parlamento iraquiano � AFP)
"� um grande dia, estamos cheios de alegria. � um novo golpe contra o terrorismo. Esperamos que o governo iraquiano d� mais aten��o � trag�dia que se abateu sobre os yazidis".