"Bohemian Rhapsody", um filme biogr�fico sobre a vida do cantor brit�nico Freddie Mercury, � apresentado em Londres nesta ter�a-feira, refletindo o amor que ainda exite pelo Queen e seu lend�rio l�der, 27 anos ap�s sua morte.
A exibi��o ser� na Wembley Arena, sala com 12.500 lugares ao lado do est�dio onde a banda realizou uma apresenta��o excepcional durante o show de caridade Live Aid em 1985.
A popularidade de Freddie Mercury e a influ�ncia do Queen n�o pararam de crescer desde a morte do cantor, aos 45 anos, de uma pneumonia ligada � aids, em 1991. A maioria das vendas de �lbuns se deu ap�s essa data.
O filme, que ser� lan�ado em 1� de novembro no Brasil, � o culminar de um projeto iniciado h� oito anos. Ele explora a identidade complexa do artista, bissexual, um monstro no palco, com voz poderosa diante de seu p�blico, mas reservado na vida privada.
Ele encarnou de corpo e alma as composi��es do Queen e deu vida �nica a alguns t�tulos lend�rios como "We Will Rock You", "We Are The Champions" e, claro, "Bohemian Rhapsody", considerada ainda hoje entre as melhores can��es de rock.
O ator americano de origem eg�pcia Rami Malek recebeu �timas cr�ticas por sua interpreta��o de Freddie Mercury seguindo um caminho sinuoso at� a fama.
- De Zanzibar a Wembley -
Nascido em 1946 em uma fam�lia estabelecida na ilha de Zanzibar, Freddie Mercury, cujo nome verdadeiro era Farrokh Bulsara, recebeu uma educa��o brit�nica em um col�gio interno indiano.
O adolescente t�mido ent�o se mudou para Londres com sua fam�lia, que fugiu da Revolu��o de Zanzibar em 1964.
O filme acompanha a ascens�o do cantor e sua complicada vida emocional, desde a forma��o da banda at� sua participa��o no concerto Live Aid em Wembley.
Sua curta apresenta��o - de apenas vinte minutos - ajudou a forjar a lenda, tendo sido o Queen o melhor grupo naquele dia.
Em 1991, a morte de Freddie Mercury resultou na interrup��o tempor�ria do Queen, um grupo onde cada um dos quatro artistas participava na composi��o das can��es. O baixista John Deacon encerrou sua carreira em 1997, enquanto Brian May e Roger Taylor come�aram carreira solo.
Pegos pelo prest�gio de sua antiga forma��o, e com a b�n��o de John Deacon, os dois m�sicos decidiram reformar o Queen, primeiro com Paul Rodgers, ex-vocalista do Free, at� 2008, depois com Adam Lambert, finalista do programa "American Idol" em 2009: "um presente do c�u", diz Brian May sobre ele.
- 'Freddie adoraria isso' -
May e Taylor obviamente foram seduzidos por esse jovem cantor exc�ntrico, capaz de ir de uma jaqueta de couro cravejada a uma fantasia de leopardo, mantendo ao mesmo tempo sua voz num tom muito alto. Os f�s tamb�m adotaram o artista de 36 anos, que n�o tenta imitar ou substituir Freddie Mercury, e pede permiss�o do p�blico para retomar suas can��es.
Apresentado agora como "Queen and Adam Lambert", a banda realizou 52 shows na Europa e nos Estados Unidos em 2017, e fez turn� pela Oceania em 2018, antes de voltar a se apresentar na Europa e em Las Vegas.
Na plateia est�o os f�s hist�ricos, que vieram ouvir Mercury no palco durante sua �ltima turn� em 1986, e as gera��es mais jovens, felizes em comparecer a um show do Queen.
"Continuo dizendo a mim mesmo: 'quem poderia ter imaginado isso?', e 'Freddie teria adorado'", escreveu Brian May no Instagram poucos dias antes da exibi��o do filme.
"Espero que ele esteja em algum lugar n�o muito longe, com um sorriso travesso no rosto".