Tr�s �nibus com peregrinos crist�os foram emboscados por milicianos mu�ulmanos na sexta-feira 2 a caminho de um monast�rio ao sul do Cairo, no Egito, deixando sete mortos e 19 feridos. Os agressores usaram uma estrada alternativa de terra para alcan�ar os fi�is, que estavam chegando ao monast�rio no momento do ataque.
Uma filial do Estado Isl�mico do norte da Pen�nsula do Sinai afirmou ter participa��o no ataque, considerando-o uma vingan�a pela pris�o das "nossas irm�s puras", sem elaborar.
No domingo, for�as policiais eg�pcias anunciaram ter matado 19 milicianos em um tiroteio, incluindo os suspeitos de participar do ataque. De acordo com o ministro do Interior do Egito, que supervisiona a pol�cia, os 19 milicianos estavam em um esconderijo no deserto da prov�ncia de Minya, onde aconteceu o ataque de sexta-feira, e eles abriram fogo quando viram que estavam cercados por for�as de seguran�a. Ele n�o disse quando o tiroteio aconteceu ou como foram confirmados que os mortos estavam envolvidos no ataque de sexta-feira.
Aida Shehata, que levou um tiro nas pernas, afirmou que homens mascarados abriram fogo de diferentes dire��es nos tr�s �nibus. Dois foram capazes de acelerar e chegar ao monast�rio, mas os milicianos pararam o terceiro e mataram o motorista e outras seis pessoas, incluindo o marido e cunhado de Aida. "O motorista tentou ir para o monast�rio, mas eles (os agressores) foram mais r�pidos", disse � TV Coptic.
O papa Francisco condenou o ataque e pediu que os fi�is da Pra�a de S�o Pedro rezassem pelas sete pessoas mortas. O papa disse que estava rezando pelos "peregrinos mortos pelo mero fato de serem crist�os."
Hist�rico
O ataque de sexta-feira � o segundo desse tipo a ter como alvo os peregrinos a caminho do monast�rio de S�o Samuel, o Confessor, em muitos anos. O ataque anterior, de maio de 2017, deixou quase 30 mortos. Por anos, o grupo terrorista Estado Isl�mico est� em guerra na Pen�nsula do Sinai e ao longo da fronteira do deserto eg�pcio com a L�bia.
No ano passado, o �ltimo ataque foi o mais recente em uma s�rie mortal que tinha como alvo igrejas do Cairo, de Alexandria e de Tanta, ao norte da capital. Todos os ataques de autoria confirmada pelo EI deixaram no m�nimo 100 pessoas mortas e levaram a um esquema de seguran�a mais restrita em lugares de culto crist�o.
Os crist�os do Egito, que somam 10% da popula��o de 100 milh�es, reclamam de discrimina��o em um pa�s majoritariamente isl�mico. A Igreja se aliou ao presidente Abdel Fattah al-Sissi quando ele, como Ministro da Defesa, tirou do poder por meio de golpe militar o presidente mu�ulmano Mohamed Morsi, em 2013.
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