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Estado de Minas INTERNACIONAL

Esc�ndalo amea�a carreira de premi� do Canad�


postado em 08/03/2019 05:00

Quando foi eleito primeiro-ministro do Canad�, em 2015, Justin Trudeau era um dos pol�ticos mais festejados do mundo. Cara de gal�, discurso moderno - em franc�s e ingl�s irretoc�veis - e um pedigree pol�tico tradicional: ele � o filho mais velho do ex-premi� Pierre Trudeau e da ativista Margaret Sinclair. Quatro anos depois, um esc�ndalo de corrup��o amea�a encerrar prematuramente sua carreira.

Na origem da crise est� a empreiteira canadense SNC-Lavalin, com 50 mil empregados, entre eles 9 mil no pa�s, acusada de um suborno na L�bia. A ex-procuradora-geral e ministra de Justi�a do Canad�, Jody Wilson-Raybould, afirma que foi pressionada pelo premi� para obter um acordo, em vez de prosseguir com as acusa��es formais.

Como resistiu, Jody foi rebaixada e pediu demiss�o. Em seguida, deixaram o governo Gerald Butts, assessor mais pr�ximo de Trudeau, a presidente do Conselho do Tesouro, Jane Philpott, que � muito ligada � ex-procuradora, e a deputada Celina Caesar-Chavannes, que anunciou que n�o se candidatar� novamente.

"Infelizmente, as provas de esfor�os de pol�ticos e funcion�rios do governo para pressionar a ex-ministra da Justi�a a intervir em um caso envolvendo a SNC-Lavalin levantaram s�rias preocupa��es em mim", justificou Philpott.

A ex-procuradora prestou depoimento ao Congresso na semana passada. Suas declara��es atingiram em cheio o governo. A perda de empregos e votos explicaria a preocupa��o de Trudeau com a condena��o da construtora na Justi�a e, por isso, teria tentado influenciar o processo - se for condenada, a SNC-Lavalin n�o poder� obter contratos com o governo pelos pr�ximos dez anos.

O premi� nega as acusa��es de interferir no Judici�rio, mas at� agora n�o foi convincente. Pesquisas apontam que mais de 40% dos canadenses acreditam que ele agiu mal na condu��o do esc�ndalo. A oposi��o, liderada pelo Partido Conservador, passou a cobrar a ren�ncia de Trudeau, embora o pa�s j� tenha elei��es legislativas marcadas para 21 de outubro.

Uma pesquisa realizada pelo instituto Ipsos, divulgada esta semana, mostrou o Partido Liberal, de Trudeau, com apenas 31% das inten��es de voto, enquanto os conservadores t�m com 40%, a maior vantagem no atual ciclo eleitoral.

Ontem, em entrevista coletiva, o premi� disse que todas suas atitudes tiveram como objetivo "proteger postos de trabalho" e garantiu que sua equipe "seguiu a lei". "Em �ltima an�lise, acredito que nosso governo sair� mais forte por ter lutado contra essas quest�es", disse. "Quando 9 mil empregos est�o em jogo, esse � um problema de pol�tica p�blica da mais alta ordem."

Trudeau tornou-se um dos principais �cones da centro-esquerda mundial com um governo progressista e marcado pela igualdade de g�nero e pela abertura do Canad� a imigrantes e refugiados. No auge de sua popularidade, o primeiro-ministro bateu de frente com as pol�ticas defendidas por seu vizinho Donald Trump, alimentando uma estranha diplomacia com os EUA. Agora, a imagem de pol�tico progressista, alinhado a causas sociais, parece irremediavelmente arranhada pelo esc�ndalo. (Com ag�ncias internacionais)



As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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