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Estado de Minas INTERNACIONAL

Alimentada por fake news, ultradireita chega fortalecida � elei��o europeia


postado em 23/05/2019 07:03

Nunca uma elei��o para o Parlamento Europeu teve tanta import�ncia como a que come�a nesta quinta-feira, 22, justamente porque for�as nacionalistas de ultradireita, contr�rias � Uni�o Europeia, tendem a ganhar espa�o. A campanha foi marcada por grupos que espalham discurso de �dio e not�cias falsas por meio do Facebook e de aplicativos de bate-papo privados e criptografados, como o WhatsApp.

Segundo analistas, os grupos nacionalistas se tornaram amea�as maiores do que pot�ncias estrangeiras, como a R�ssia. Os principais alvos s�o Fran�a, Alemanha, It�lia, Reino Unido, Pol�nia e Espanha, onde pelo menos 500 p�ginas do Facebook foram descobertas nesta semana. Ontem, um estudo divulgado pela ONG Avaaz identificou 550 contas do Facebook usadas para disseminar ataques � UE, contra imigrantes e contra minorias �tnicas.

A rede de contas teria sido criada por cinco ou seis usu�rios falsos, publicava discursos de �dio e pretendia "espalhar mensagens de supremacia branca". A Avaaz identificou 328 perfis que partilhavam ataques e not�cias falsas. As p�ginas foram visualizadas 533 milh�es de vezes em apenas tr�s meses.

O Facebook eliminou as contas que tinham cerca de 6 milh�es de seguidores e nas quais proliferavam not�cias falsas e discursos de �dio. A maioria foi descoberta por publicar e partilhar conte�do, por meio de perfis falsos. A Avaaz est� investigando outras contas, que somam 26 milh�es de seguidores.

Essas redes eram muito mais populares do que as p�ginas oficiais dos grupos populistas de extrema direita. "As p�ginas t�m altos n�veis de intera��o, algumas com milh�es de seguidores. Mas mesmo as que t�m poucos seguidores podem atingir milh�es de pessoas em raz�o das m�ltiplas intera��es", afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo Luca Nicotra, analista do Avaaz na It�lia, que participou da investiga��o.

Segundo o Avaaz, "eles t�m mais de 500 milh�es de visualiza��es apenas nas p�ginas apagadas, o que � mais do que o n�mero de eleitores na UE".
As not�cias e ataques divulgados por grupos populistas e de extrema direita promovem temas contra imigra��o, gays e minorias �tnicas, al�m de negar o aquecimento clim�tico.

"Antes era poss�vel identificar a participa��o da R�ssia e seus grupos. Agora, o que vemos s�o grupos transnacionais, usando not�cias falsas e discurso de �dio, al�m de um conjunto mais complexo de t�ticas para amplificar as narrativas populistas", afirmou Sasha Havlicek, CEO do Institute for Strategic Dialogue.

As empresas de tecnologia intensificaram os esfor�os para combater not�cias falsas. O Facebook montou uma equipe de pesquisadores e especialistas em intelig�ncia para monitorar abusos.

O Twitter lan�ou uma ferramenta para os usu�rios da UE denunciarem deliberadamente conte�do enganoso relacionado a elei��es. As duas empresas afirmam n�o ter detectado nenhum ataque ou perigo vindo da R�ssia.

Segundo analistas, isso acontece porque as amea�as est�o vindo de dentro da UE. Pesquisadores da Universidade Oxford estudaram nos �ltimos meses tu�tes relacionados �s elei��es e descobriram que apenas uma pequena fra��o de not�cias falsas veio de fontes russas.

"Quase nenhuma das porcarias que encontramos circulando online vem de fontes russas conhecidas", disse Nahema Marchal, pesquisador do Oxford Internet Institute. "Em vez disso, � a m�dia caseira, partid�ria e alternativa que domina." (Com ag�ncias internacionais/Rodrigo Turrer)


As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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