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Estado de Minas INTERNACIONAL

Elei��o provoca rearranjo de for�as em pa�ses da UE


postado em 28/05/2019 06:00

Desprestigiada por d�cadas, a elei��o europeia teve participa��o recorde e resultados capazes de reordenar a pol�tica de pa�ses do bloco. O desempenho de partidos governistas foi t�o ruim em pa�ses como a Gr�cia que elei��es nacionais foram antecipadas. Em casos como o da It�lia, o resultado do governo foi t�o bom que produziu boatos de uma nova vota��o nacional, para dar mais poder ao vice-premi�, Matteo Salvini.

A Liga, partido de extrema direita liderado por Salvini, teve 34% dos votos na It�lia, o dobro do Movimento 5 Estrelas (M5S), de Luigi di Maio, parceiro da coaliz�o formada no ano passado. Os dois, por�m, nunca se entenderam e trataram a elei��o europeia como um plebiscito para determinar o poder que cada partido teria entre o eleitorado italiano.

Durante a campanha, Salvini sugeriu que poderia usar os resultados para consolidar seu poder dentro da coaliz�o ou romper a alian�a com o M5S e for�ar novas elei��es. Ontem, o vice-premi� segurou suas cartas e elogiou o parceiro - que vinha criticando com frequ�ncia. "Meus aliados de governo s�o amigos. Meu oponente ainda � a esquerda", disse.

A vota��o tamb�m derrubou o governo de extrema esquerda da Gr�cia. Alexis Tsipras, primeiro-ministro, anunciou que vai convocar elei��es antecipadas em raz�o do desastre nas urnas - o Syriza, partido de Tsipras, obteve 24% dos votos, sendo derrotado pelos conservadores da Nova Democracia, que ficaram com 33%.

No Reino Unido, o resultado das elei��es europeias causou uma guerra de narrativas. O Partido do Brexit, do l�der nacionalista Nigel Farrage, foi o mais votado com 31,6% dos votos. A vit�ria, segundo ele, d� um "mandato" aos euroc�ticos para lutar por um Brexit sem acordo. "N�s exigimos um lugar na mesa de negocia��es, para preparar o pa�s para sair da Uni�o Europeia de qualquer maneira."

Os europe�stas, no entanto, fizeram outra leitura dos resultados. Segundo eles, os defensores do Brexit, como Farage e o partido nacionalista Ukip, tiveram somados pouco mais de um ter�o dos votos, o que significa que os partidos que defendem a integra��o europeia seriam maioria.
Os resultados ruins nas elei��es afetaram tamb�m a estabilidade da coaliz�o da chanceler da Alemanha, Angela Merkel. Os partidos governistas reunidos - os conservadores CDU e CSU e o social-democrata SPD - obtiveram 45% dos votos, uma queda de 18,4% com rela��o a 2014.

A estrat�gia de Annegret Kramp-Karrenbauer, sucessora de Merkel � frente da CDU, de apelar � direita para impedir o avan�o da extrema direita desde dezembro, n�o funcionou. "A grande coaliz�o vacila ap�s as elei��es", afirmou ontem a revista Der Spiegel. "O governo est� em perigo porque CDU e SPD foram punidos pelos eleitores e essa instabilidade pode levar ao colapso a qualquer momento."

O �nico alento � que a Alternativa para a Alemanha (AfD), partido de extrema direita, teve 11% dos votos, mais do que os 7% de 2014, mas menos do que os 12,6% das legislativas de 2017. Quem herdou a maior parte dos votos dos insatisfeitos foi o Partido Verde, que se tornou o segundo mais votado da Alemanha, com 20,5%.

O sucesso dos verdes se repetiu em outros pa�ses, como Portugal e Escandin�via, com alguns analistas enquadrando o fen�meno como uma "onda verde" de eleitores. As mudan�as clim�ticas, o grande comparecimento de jovens e a insatisfa��o com os partidos tradicionais estariam por tr�s do crescimento, segundo especialistas.

Ironicamente, em nenhum outro lugar da Europa � mais vis�vel a din�mica entre os dois grupos vencedores - verdes e nacionalistas - como na B�lgica, sede da UE. No norte do pa�s, onde se fala holand�s, os nacionalistas flamengos de extrema direita cresceram, enquanto na Val�nia, onde se fala franc�s, e na capital Bruxelas, os verdes receberam uma vota��o hist�rica. A divis�o deve tornar ainda mais dif�cil uma coaliz�o federal, o que poderia lan�ar os belgas em uma crise parecida com a de 2010, quando a B�lgica ficou 541 dias sem governo. (Com ag�ncias internacionais)



As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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