O ex-ministro da Fazenda Ma�lson da N�brega classificou como "verdadeiro del�rio" a ideia de se proceder uma unifica��o das moedas brasileira e argentina. Para ele, n�o faz o menor sentido porque os dois pa�ses n�o re�nem as m�nimas condi��es para ter uma moeda comum. A ideia de se unificar as duas moedas foi ventilada quinta-feira, 6, durante visita do presidente Jair Bolsonaro � Argentina.
Na quinta mesmo, � noite, o Banco Central (BC) desmentiu a vers�o de que estaria em curso na institui��o estudo que visasse a cria��o de um moeda comum ao Brasil e ao pa�s vizinho.
Ma�lson, que participa do semin�rio "O Direito e a Revolu��o Digital no Sistema Financeiro" que a Faculdade de Direito da Funda��o Getulio Vargas (FGV) realiza na capital paulista nesta sexta-feira, 7, lembrou que a experi�ncia mais recente de moeda comum no mundo � a do euro.
"As outras fracassaram em v�rios momentos da hist�ria. E o euro � uma moeda que nasceu de um conjunto amplo de circunst�ncias, inclusive de geopol�tica que deu origem � cria��o do mercado comum europeu com o Tratado de Roma de 1958 e at� seu nascimento em 1992", disse ao Broadcast, sistema de not�cias em tempo real do Grupo Estado, o ex-ministro.
De acordo com o ex-ministro, acima de tudo, tanto o mercado comum europeu quanto a Uni�o Europeia foram criados para evitar guerras entre os pa�ses. "Estamos no maior per�odo sem guerras por conta disso. Segundo lugar, a declara��o do euro, quando n�o existiam todas as condi��es ainda, foi a reunifica��o alem� que gerou o receio de que uma Alemanha mais poderosa viesse novamente ser uma amea�a", lembrou o ex-ministro.
Para Ma�lson, a Am�rica do Sul n�o tem a m�nima condi��o de estabilidade macroecon�mica para se ter uma moeda comum. "Voc� n�o tem aqui nenhum problema geopol�tico e nem Brasil e nem Argentina est�o preparados para ter uma moeda est�vel, pois est�o sempre sob amea�a de infla��o, e muito menos uma moeda comum", afirmou o ex-ministro.
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