
O furac�o Dorian avan�ava lentamente nesta quarta-feira em dire��o � costa sudeste dos Estados Unidos como uma tempestade perigosa de categoria 2, depois de provocar sete mortes e deixar um rastro de destrui��o nas Bahamas. O chefe de Governo advertiu que o n�mero de v�timas pode aumentar e classificou Dorian como "uma das maiores crises na hist�ria de nosso pa�s".
O Centro Nacional de Furac�es (NHC) americano, com sede em Miami, informou que o "centro da tempestade avan�ar� perigosamente para a costa leste da Fl�rida e a costa da Ge�rgia na quarta-feira � noite". �s 9H00 GMT (6H00 de Bras�lia), Dorian avan�ava no sentido norte-noroeste a 13 km por hora, com ventos de at� 165 km/h, segundo o NHC.
Imagens a�reas da ilha Grande �baco, nas Bahamas, exibidas pela CNN mostram cenas de danos catastr�ficos, com centenas de casas sem teto, carros virados, enormes inunda��es e escombros por todos os lados.
"Partes de �baco est�o dizimadas. H� grandes inunda��es, danos severos �s casas, com�rcios e outros edif�cios e infraestruturas", disse Minnis.
"Os habitantes das Bahamas suportaram horas e dias de terror, temendo por suas vidas e as de seus entes queridos", completou.
"Esta � uma crise de propor��es �picas, talvez a pior que j� vivemos", disse o ministro do Interior, Marvin Dames.
A Guarda Costeira dos Estados Unidos enviou helic�pteros MH-60 Jayhawk � ilha Andros, no sul do arquip�lago, para ajudar com as tarefas de busca e resgate, enquanto os moradores presos em suas casas inundadas faziam chamados desesperados.

Mas as pistas do Aeroporto Internacional de Grand Bahama, em Freeport, estavam debaixo d'�gua, complicando os esfor�os de resgate. O site Bahamas Press publicou um v�deo da inunda��o do Rand Memorial Hospital de Freeport, e disse que os pacientes tiveram que ser evacuados.
Yasmin Rigby, moradora de Freeport, disse � AFP que "a maior parte da ilha permanece inundada". A chuva continua, assim como as rajadas de vento."Quem puder me ajudar, sou Kendra Williams. Vivo em Heritage. Estamos debaixo d'�gua; estamos no telhado", escreveu uma residente de Grand Bahama, em um SMS ao qual a AFP teve acesso. "Algu�m pode por favor nos ajudar (...) Eu e meus seis netos e meu filho estamos no telhado", acrescentou.
Segundo um primeiro boletim da Cruz Vermelha, cerca de 13.000 casas podem ter sido danificadas ou destru�das, e o furac�o causou "danos consider�veis" nas ilhas �baco e Grande Bahama. Pelo menos 61.000 pessoas estariam precisando de ajuda alimentar nas Bahamas, estimou a ONU nesta ter�a, que se prepara para enviar duas equipes de avalia��o.
Extremamente perigoso

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu prud�ncia. "Pode ser que os Estados Unidos tenham um pouco de sorte a respeito do furac�o Dorian, mas, por favor, n�o baixem a guarda", tuitou o presidente. "Enquanto segue para a costa, podem acontecer coisar muito ruins e imprevis�veis", completou.
O furac�o, que deixou 760 mm de chuvas nas Bahamas, caiu na ter�a-feira para categoria 2, em uma escala m�xima de 5, com ventos de 175 km/h, mas continua sendo extremamente perigoso enquanto se desloca lentamente para os Estados Unidos. As autoridades declararam estado de emerg�ncia em grande parte da costa leste do pa�s, onde milh�es de habitantes poderiam estar na trajet�ria de Dorian.
O Pent�gono informou que 5.000 membros da Guarda Nacional e 2.700 militares est�o prontos para atuar em caso de necessidade. Na Fl�rida, os efeitos de Dorian j� eram sentidos, com fortes chuvas e poss�veis tornados. Em Coconut Grove, os residentes reuniam provis�es para atender as v�timas do arquip�lago. Assim como outras 9.500 pessoas na Fl�rida, Stefanie Passieux esperava a passagem do ciclone junto com seus dois filhos e sua m�e em um dos 121 abrigos, segundo dados da ag�ncia de gest�o de emerg�ncias do estado. "Vim ontem assim que abriu. Dizem que estamos em estado de emerg�ncia, por isso vim", disse.