
Ferguson acrescentou que ainda h� milhares de desaparecidos e que, com isso, o n�mero de v�timas pode aumentar consideravelmente. A imprensa local estima que pode haver mais de 3 mil pessoas mortas e publica que est�o sendo realizados enterros em massa.
O comiss�rio disse que tanto em Nova Provid�ncia, onde est� localizada a capital, Nassau, quanto nas Ilhas �baco e Grand Bahama, n�o h� capacidade suficiente para depositar os corpos, que permanecem em bolsas de pl�stico e em cont�ineres refrigerados.
"Oferecemos os nossos mais sinceros p�sames �s fam�lias que perderam os seus entes queridos pelo ciclone", declarou Ferguson, que garantiu que o trabalho de resgate vem sendo feito com grande afinco.
"O povo precisa saber que continuamos procurando pelos desaparecidos e que a pol�cia local e as for�as de seguran�a de pa�ses vizinhos continuam na tarefa de encontrar mais pessoas para poder levar tranquilidade a muitas fam�lias", salientou.
O comiss�rio confirmou que cerca de 4,5 mil pessoas foram levadas das Ilhas �baco e de Grand Bahama para a capital desde a passagem do Dorian, h� uma semana. At� o fim do dia, esse n�mero deve passar de 5 mil. Centenas de pessoas est�o desaparecidas e 70 mil n�o t�m onde morar, segundo dados da ONU.
Agora, o governo de Bahamas tenta realocar os sobreviventes enquanto as buscas por corpos s�o feitas e o lixo � recolhido. Ainda est�o sendo consideradas constru��es de habita��es com cont�ineres e tendas para moradia tempor�ria.
Aproximadamente 10 mil pessoas somente das Ilhas �baco precisam de alimentos, �gua e moradia tempor�ria, segundo o governo. Muitos s�o levados a hot�is na capital das Bahamas, Nassau, ou a abrigos por �nibus ou barcos. Em alguns casos, conhecidos ajudam com dinheiro e passagens de avi�o para viajarem � Fl�rida.
Betty Edmond, cozinheira de 43 anos, est� em um hotel em Nassau com o marido e o filho. Seu sobrinho est� pagando a estadia deles. Ap�s uma viagem de barco de seis horas saindo das Ilhas �baco, no s�bado, a fam�lia planeja se mudar para a Fl�rida na quarta-feira. As passagens de avi�o foram custeadas por amigos, que ir�o fornecer moradia tempor�ria at� arranjarem empregos. Por�m, assim que poss�vel, a fam�lia quer voltar para as Bahamas.
"Sempre ser� nossa casa", disse. "Todo dia voc� deseja poder voltar. A gente tenta manter as esperan�as, mas..." ela diz, a voz embargada ao balan�ar a cabe�a.
As imensas pilhas de escombros deixadas pela tempestade s�o desafiadoras para as equipes de busca e resgate, que n�o podem utilizar escavadoras ou outros equipamentos pesados para procurar corpos. Isso torna as buscas e a identifica��o em um processo lento.
Um porta-voz para a Ag�ncia Nacional de Manejo de Emerg�ncias disse que mais de 2 mil pessoas estavam em abrigos na ilha de New Providence, onde est� Nassau. Alguns est�o com a capacidade cheia. "N�o h� de fato uma crise", disse Carl Smith. Ele disse que o governo abrir� mais abrigos conforme a necessidade.
Entretanto, essa n�o � a realidade para Julie Green, de 35 anos e seu marido, junto com os seis filhos, incluindo g�meos de sete meses de idade. Eles contam que enfrentam dificuldades para achar um lugar para ficar. Green disse que os agentes dos abrigos afirmaram que n�o podem receber crian�as t�o pequenas. Ela relata que a fam�lia tem dormido em casas de estranhos todas as noites, desde quando chegaram em New Providence, na sexta-feira.
"N�s estamos exaustos", desabafou. " Estamos andando para cima e para baixo perguntando para as pessoas se elas sabem onde podemos ficar".
Sadye Francis, diretora de uma organiza��o sem fins lucrativos, disse que necessidades n�o atendidas est�o crescendo. "Ainda h� outros que n�o t�m para onde ir", disse. "A real profundidade da devasta��o em �baco e Grand Bahama ainda est� em desdobramento". (Com ag�ncias internacionais)