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Estado de Minas INTERNACIONAL

Para Trump, investigar Biden importava mais que Ucr�nia, diz diplomata


postado em 13/11/2019 17:13

A primeira audi�ncia aberta do processo de impeachment do presidente Donald Trump trouxe um depoimento inc�modo ao presidente americano: o do embaixador dos Estados Unidos na Ucr�nia, William Taylor. No fim de outubro, ele indicou em um testemunho aos deputados que o governo estava condicionando apoio � Ucr�nia ao andamento das investiga��es sobre neg�cios do filho de Joe Biden, advers�rio pol�tico de Trump.

Hoje, Taylor revelou que Trump questionou o embaixador dos EUA para a Uni�o Europeia, Gordon Sondland, sobre as investiga��es. A pergunta foi feita durante uma liga��o realizada em julho, acompanhada por um integrante da equipe de Taylor.

No pronunciamento aos deputados da Comiss�o de Intelig�ncia da C�mara nesta manh�, Taylor afirmou que o integrante de sua equipe questionou Sondland sobre o que Trump pensava sobre a Ucr�nia. "Embaixador Sondland afirmou que Trump se preocupa mais com as investiga��es sobre Biden, as quais (Rudy) Giuliani vinha pressionando", afirmou Taylor.

Segundo ele, quando prestou depoimento no �ltimo dia 22 de outubro, ele n�o estava ciente dessa informa��o. O embaixador foi questionado por parlamentares se j� esteve ciente de ajuda externa condicionada por interesses pessoais ou pol�ticos do presidente dos EUA. "N�o, eu n�o vi", afirmou o diplomata.

A conversa com Sondland teria acontecido, segundo o depoimento, no dia 26 de julho, um dia depois de Trump ter pressionado o presidente da Ucr�nia, Volodmir Zelenski, a investigar Biden e o filho do democrata, Hunter Biden, em um momento em que a ajuda financeira militar dos EUA � Ucr�nia estava suspensa.

O processo de impeachment de Trump foi aberto pela presidente da C�mara, Nancy Pelosi, no fim de setembro e tem como ponto central a suposta tentativa do presidente americano de usar sua influ�ncia com outra na��o para prejudicar um opositor pol�tico.

Taylor serviu a governos democratas e republicanos desde a presid�ncia de Ronald Reagan. Ele estava aposentado quando foi convidado a assumir a Embaixada dos EUA em Kiev, na Ucr�nia - um cargo que ocupou de 2006 a 2009.

No fim de outubro, ele prestou depoimento a portas fechadas aos deputados quando, segundo a transcri��o do encontro, disse que o advogado de Trump, Rudy Giuliani, estava pressionando a Ucr�nia a fazer uma interven��o na pol�tica dom�stica dos EUA. Ele confirmou, na ocasi�o, que o apoio dos EUA � Ucr�nia estava condicionado ao andamento de investiga��es sobre o filho de Biden.

A sess�o desta quarta-feira, 13, marca o in�cio de uma nova estrat�gia dos democratas. Com a transmiss�o ao vivo das audi�ncias p�blicas, o impeachment ganha nova dimens�o e a oposi��o tenta conquistar apoio na base eleitoral e eleitores independentes para dar for�a ao processo de impeachment. At� o momento, o partido tem consci�ncia de que, ainda que o impeachment seja aprovado pela C�mara, a remo��o de Trump acabaria rejeitada pelo Senado, de maioria republicana.

Fila para assistir a depoimentos

A fila para entrar na Comiss�o de Intelig�ncia da C�mara come�ou por volta das 8 horas da manh�, duas horas antes do in�cio da sess�o. Ao menos 150 pessoas aguardavam por um assento para assistir os dois depoimentos desta tarde. Com os lugares limitados, os que ficaram de fora acompanhavam pelo celular o andamento da sess�o que acontecia do outro lado da parede.

Enquanto a sess�o acontecia, Trump usou o Twitter para criticar os democratas. Em um v�deo publicado na conta da Casa Branca - e repostado pelo presidente em sua conta pessoal -, ele afirma que os democratas est�o tentando atingi-lo. "Eles est�o tentando me parar, porque eu estou lutando por voc�s. E eu nunca deixarei isso acontecer", afirmou o presidente. Trump ir� conceder um pronunciamento � imprensa � tarde, ap�s receber na Casa Branca o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan.

A audi�ncia desta quarta-feira tamb�m ouve o depoimento de George Kent, vice-secret�rio de Estado para assuntos europeus. Durante perguntas dos parlamentares, Kent afirmou que n�o h� fundamento para as acusa��es de que Biden, quando vice-presidente durante o governo Obama, tenha tentado interromper investiga��es sobre a empresa de g�s ucraniana, Burisma Holdings, da qual seu filho fazia parte do conselho de administra��o. Essa vem sendo uma alega��o dos aliados de Trump durante o processo de impeachment.


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