O governo panamenho anunciou, nesta segunda-feira (23), que vai promover um novo di�logo nacional para reformar a Constitui��o do pa�s, semanas depois de intensos protestos terem feito uma primeira tentativa naufragar.
O presidente Laurentino Cortizo disse que vai conseguir do Congresso o pacote de reformas constitucionais propostas por seu governo e dar� in�cio a um novo processo, com a participa��o do Programa das Na��es Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
"O Executivo vai pedir a retirada, � Assembleia Nacional, das reformas constitucionais para abrir, sob a facilita��o do PNUD, um amplo di�logo nacional, inclusivo e ordenado", disse Cortizo.
Segundo o presidente, o objetivo � "chegar a acordos que perdurem no tempo" para o combate � corrup��o, em um pa�s minado por m�ltiplos esc�ndalos.
O governo panamenho pretende reformar a Constitui��o, que data de 1972, para lutar contra a corrup��o e melhorar a institucionalidade do pa�s.
Para isso, enviou para a Assembleia Nacional um projeto, elaborado por um conselho integrado por representantes de 23 setores. Os deputados inclu�ram, por�m, mudan�as que n�o estavam previstas no texto original.
Entre essas modifica��es, estabelecia-se que o Estado reconhece apenas o casamento entre um homem e uma mulher, al�m de outros artigos que seus opositores consideravam que poderiam "blindar" deputados e altos funcion�rios em mat�ria de corrup��o.
Essas altera��es provocaram protestos que deixaram um saldo de mais de 100 detidos e den�ncias por viola��es de direitos humanos por parte da pol�cia. Os manifestantes foram �s ruas exigir a retirada total do projeto e sua reformula��o, alegando que favorecia a impunidade e n�o melhorava as condi��es de vida da popula��o.
De maioria governista, a Assembleia est� disposta a voltar a debater as reformas em janeiro para, ent�o, lev�-las a um referendo.