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Estado de Minas INTERNACIONAL

�ndia � parceiro ideal e busca aliado na Am�rica do Sul, diz diplomata


postado em 25/01/2020 12:03

A �ndia quer fortalecer a rela��o com o Brasil e ter o Pa�s como principal aliado na Am�rica do Sul. A avalia��o � do diplomata aposentado Fausto Godoy, hoje professor de rela��es internacionais da ESPM, que serviu em 11 pa�ses da �sia. Godoy trabalhou na Embaixada do Brasil em Nova D�lhi, nos anos 80, e depois foi c�nsul-geral em Mumbai, no fim dos anos 2000.

Para ele, a �ndia � o parceiro ideal para o Brasil. "A classe m�dia da �ndia � de 350 milh�es de habitantes - um Brasil e meio. Ser� que n�o � um mercado interessante?", questiona. Leia a seguir trechos da entrevista ao Estado.

Qual o significado do convite dos indianos ao presidente Jair Bolsonaro para a cerim�nia do desfile do Dia da Rep�blica?

� um momento muito importante para toda a sociedade indiana. Desde que houve a independ�ncia da �ndia, eles sempre tentaram se aproximar e n�s fizemos um certo "corpo mole", por assim dizer. A ent�o primeira-ministra, Indira Gandhi, esteve aqui em 1968, mas s� em 1996 um presidente foi para l�, o Fernando Henrique.

E por que a �ndia quer o Brasil por perto?

Porque n�s parecemos muito em v�rios setores. Somos pa�ses l�deres nas nossas regi�es. Temos um projeto de desenvolvimento econ�mico muito similar, que come�ou no in�cio dos anos 90 com o abandono dos dois pa�ses da pol�tica de substitui��o de importa��es, da volta para o mercado interno, e fomos nos globalizar. A �ndia tem um mercado interno muito grande, que � interessante para n�s, e o relacionamento comercial entre os dois pa�ses hoje � muito desequilibrado. Sou membro da C�mara de Com�rcio Brasil-�ndia. As empresas indianas est�o nos procurando. E quais empresas brasileiras est�o na �ndia? Existe um descompasso muito grande.

O senhor considera que h� potenciais inexplorados nessa rela��o?

Sim. Por isso essa visita, para achar pontos de encontro. Da� a import�ncia da delega��o que est� com o presidente. O com�rcio bilateral, no ano passado, foi de US$ 7,5 bilh�es. Com a China, foi de US$ 100 bilh�es. Mas a popula��o da �ndia � igual � da China. A classe m�dia da �ndia, que pode consumir produtos como n�s, � de 350 milh�es de habitantes - um Brasil e meio. Ser� que n�o � um mercado interessante? S� agora estamos vendo isso? Atualmente, o parceiro ideal do Brasil � a �ndia, pa�s que mais tem nosso perfil, apesar das diferen�as de civiliza��o e de popula��o. Temos de forjar uma alian�a muito profunda, porque a �ndia � importante naquela regi�o da �sia e n�s somos muito importantes na Am�rica do Sul.

Como fazer funcionar uma parceria estrat�gica?

Com vontade pol�tica. Se n�o existe isso em diplomacia, n�o acontece nada. � f�cil fazer e assinar um acordo para depois ter o que mostrar como resultado da viagem. Agora, vai ser realmente v�lido? Se tiver vontade pol�tica, sim. E, aparentemente, existe. Ent�o, acho que estamos diante de um fator muito importante. O agroneg�cio � o futuro. Temos de usar nossas vantagens comparativas. Voc� pode passar sem um computador, mas n�o pode deixar de comer. A presen�a da ministra da Agricultura (Tereza Cristina) � muito importante para lan�ar essa agenda. Vejo duas agendas funcionando bem, a da agropecu�ria e a da tecnologia da informa��o.

Como v� o interesse do Brasil em formar um mercado global de etanol?

Essa � uma aposta. O mercado de autom�veis na �ndia � brutal. E a popula��o tamb�m � brutal. O etanol seria um substitutivo menos poluente para a �ndia acrescentar em sua matriz energ�tica. L� existe um grande problema de polui��o, pessoas andando de m�scaras nas ruas. Aparentemente, a solu��o atual seria a mudan�a, acrescentando mais etanol. Mas a pergunta �: ter�amos capacidade de suprir um mercado do tamanho do indiano? S�o desafios para o futuro. Isso depende de coordena��o governamental.


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