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Estado de Minas

O prefeito, o coronav�rus e o dia a dia na It�lia


postado em 27/02/2020 10:31

"Tinha que acontecer com algu�m", afirma, resignado, Pietro Mazzocchi, de 59 anos e prefeito de Borgonovo, cidade de 8.000 habitantes do norte da It�lia, que contraiu o novo coronav�rus.

Confinado em sua casa, mas "n�o particularmente preocupado", ele conversou por telefone com a AFP.

Tudo parece tranquilo em Borgonovo Val Tidone, localidade da Emilia Romagna, regi�o cont�gua � "zona vermelha" em quarentena da vizinha Lombardia. A prefeitura estava praticamente vazia nesta quinta-feira.

"Sabemos sobre o prefeito, mas n�o � por este motivo. De todas as formas, os escrit�rios est�o fechados", afirma um seguran�a.

Desde o resultado positivo no exame para o coronav�rus, Mazzocchi se confinou em casa.

"Estou tranquilo. � como uma gripe. Acordei com febre no domingo, fraqueza nas pernas e um pouco de tosse. Depois, meu filho teve tosse. Ent�o, por precau��o, avisei os m�dicos", disse.

"Voc� sabe que pode acontecer a qualquer momento", afirma o prefeito, que mora com a esposa, mas agora em andares diferentes da casa.

"Estou com febre, apenas", relativiza.

Mas ele n�o esconde a preocupa��o por n�o saber como foi infectado. "Isto � o pior. N�o fui � zona vermelha, fiquei na minha prov�ncia. Realmente n�o tenho ideia".

Desde domingo, mais de 50.000 pessoas est�o confinadas em 10 cidades da Lombardia e em uma localidade de Veneto, uma medida dr�stica adotada para frear o avan�o do coronav�rus, que infectou mais de 400 pessoas na It�lia, a maioria no norte, o pa�s europeu mais afetado pela epidemia. Doze pessoas morreram at� o momento.

- Prefeitos na linha de frente -

"Tenho que tentar lembrar de todas as pessoas com quem tive contato nos �ltimos dias. � indispens�vel e complicado. Eu encontrei centenas", admite Mazzocchi. Somente na prefeitura, que ele frequentava diariamente, trabalham 30 pessoas, que ser�o submetidas a exames.

"H� um pouco de preocupa��o e ansiedade na cidade. As not�cias circulam. Espero que eu seja o �nico infectado", completa.

Como todos os seus colegas do norte da It�lia, Mazzocchi teve que administrar nos �ltimos dias as ang�stias dos moradores, tranquilizando os moradores e cumprindo as ordens do governo central para fechar escolas e igrejas. Paradoxalmente foi o primeiro prefeito infectado.

"Os prefeitos est�o na linha de frente. Absorvem tudo, para o bem e para o mal. Temos que tentar tranquilizar, manter a calma, mas a popula��o est� alarmada. Muitos pedem para fazer exames para saber se t�m o coronav�rus. Temos que manter a calma. Eu que estou infectado, eu que teria que dar socos na parede", afirma em tom sarc�stico.

"Vivemos um momento estranho. Da minha parte, acredito que h� um pouco de exagero, se compararmos os danos provocados pela gripe com o coronav�rus. Mas todo o sistema foi abalado, com as escolas fechadas, a economia da regi�o. Muitas empresas est�o na zona vermelha e as pessoas n�o podem trabalhar", lamenta.

Para evitar o p�nico, um lema foi repetido diversas vezes na regi�o nos �ltimos dias: "Temos que seguir adiante".


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