O comiss�rio europeu da Economia, Paolo Gentiloni, considerou, nesta segunda-feira (30), que os pa�ses do bloco nunca estar�o de acordo quanto a mutualizar sua d�vida, mas que um compromisso com a Alemanha � crucial para conseguir um plano confi�vel para enfrentar o coronav�rus.
Uma forma de financiar o enorme esfor�o necess�rio para alavancar a economia europeia durante a crise � "emitir b�nus, mas n�o para mutualizar a d�vida de maneira gen�rica, o que nunca ser� aceito", disse Gentiloni � r�dio italiana Capital.
Na �ltima quinta-feira, a Alemanha e os Pa�ses Baixos rejeitaram o pedido de nove pa�ses europeus, entre eles Fran�a, It�lia e Espanha, de criar um "instrumento de d�vida comum emitido por uma institui��o europeia", conhecido como "coronab�nus".
A mutualiza��o da d�vida entre os 19 pa�ses da Eurozona � uma tradicional linha vermelha da Alemanha, partid�ria da ortodoxia fiscal e que considera os pa�ses do sul da Europa mais permissivos em mat�ria de disciplina or�ament�ria.
Hoje, o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, insistiu em que a It�lia n�o espera que sua d�vida seja compartilhada com toda Eurozona. "Ningu�m pede � Europa que assuma as d�vidas soberanas", disse ele ao jornal espanhol "El Pa�s".
"� o momento de introduzir uma ferramenta de d�vida comum europeia que nos permita vencer o quanto antes esta guerra e relan�ar a economia", acrescentou o l�der da terceira economia europeia e o pa�s da UE mais afetado pelo v�rus.
O comiss�rio europeu de Economia advertiu que, sem uma resposta unificada para a crise do coronav�rus, "o projeto europeu est� em perigo".
E - frisou -, sem a Alemanha, "n�o podemos chegar a um compromisso.
Em entrevista coletiva, o porta-voz da Comiss�o Europeia, Eric Mamer, ressaltou as obje��es de alguns pa�ses aos chamados "coronab�nus".
"Estas limita��es est�o a�, e n�o podemos simplesmente desejar que desapare�am", acrescentou.
A Alemanha veria com bons olhos que os pa�ses mais afetados recorressem ao Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEDE), o fundo de resgate da zona euro de cerca de 410 bilh�es de euros. Esta op��o enfrenta resist�ncia da It�lia.
Com a lembran�a ainda fresca da gest�o da �ltima crise da d�vida no bloco, a qual levou Gr�cia, Irlanda, Espanha, Portugal e Chipre a pedirem resgates, Roma alega que o desafio atual � diferente, afetando o conjunto de pa�ses por igual.
O governo italiano teme ficar marcado nos mercados, se for o �nico (ou um dos poucos pa�ses) a recorrer ao MEDE. Teme ainda pelas eventuais condi��es de reforma a serem impostas em troca da ajuda.