(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Estudo recente sobre a cloroquina tem novas cr�ticas

Um dos maiores defensores da droga no tratamento da COVD-19, franc�s Didier Raoult tem estudo contestado


postado em 10/04/2020 14:31 / atualizado em 10/04/2020 15:49

A equipe do m�dico franc�s Didier Raoult, defensor fervoroso da hidroxicloroquina no tratamento do COVID-19, apresentou um novo estudo destacando as vantagens do medicamento, mas a metodologia utilizada foi novamente criticada pela comunidade cient�fica nesta sexta-feira. A hidroxicloroquina, um derivado da cloroquina usada no tratamento da mal�ria, "associada" ao antibi�tico azitromicina e "administrada imediatamente ap�s o diagn�stico, � um tratamento seguro e eficaz contra a COVID-19", conclui o resumo deste novo estudo.

 

Uso da cloroquina no tratamento da COVID-19 divide classe médica (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Uso da cloroquina no tratamento da COVID-19 divide classe m�dica (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
 


O relat�rio foi apresentado na quinta-feira ao presidente franc�s Emmanuel Macron, que fez uma visita surpresa em Marselha ao j� famoso m�dico Raoult, especialista em doen�as infecciosas.


Atualmente, n�o h� vacina ou tratamento contra a COVID-19 e a comunidade cient�fica mundial trabalha contra o rel�gio para encontrar um produto que contenha a pandemia. A possibilidade de expandir o uso da hidroxicloroquina tornou-se parte do debate global.


No �ltimo estudo de Raoult, 1.061 pacientes que apresentaram resultado positivo para o novo coronav�rus receberam o tratamento proposto por "pelo menos tr�s dias". Ap�s 10 dias, nove em cada 10 tinham carga viral zero, ou seja, nenhum sinal da doen�a. Cinco pacientes (0,5%), entre 74 e 95 anos, morreram.


Essa porcentagem � "significativamente menor" do que entre os "pacientes tratados por outros m�todos", afirma o resumo, acrescentando que "nenhuma toxicidade card�aca foi observada". O estudo completo ainda n�o foi publicado.


Raoult j� havia publicado estudos sobre a efic�cia da hidroxicloroquina, mas muitos de seus colegas o criticaram por trabalhar com um pequeno n�mero de pacientes. Nesta ocasi�o, muitos cientistas elogiaram o tamanho da amostra, mas afirmaram que a metodologia n�o permite concluir que o tratamento "evita o agravamento dos sintomas, a persist�ncia do v�rus e o grau de cont�gio na maioria dos casos", como sustentam suas conclus�es.


"Infelizmente, na aus�ncia de um grupo comparativo que receberia um placebo, � extremamente dif�cil saber se o tratamento � ou n�o eficaz", explicou Arnaud Fontanet, epidemiologista do prestigioso Instituto Pasteur e membro do Conselho Cient�fico sobre a COVID-19 da Fran�a.


"Esses resultados s�o nulos e sem efeitos, n�o nos ensinam nada sobre a efic�cia do tratamento", lamenta a epidemiologista Catherine Hill, que tamb�m destaca que pelo menos 85% dos pacientes curam espontaneamente a doen�a, sem nenhum tratamento.


Paralelamente, a Ag�ncia Francesa de Medicamentos alertou nesta sexta-feira que os efeitos indesej�veis do ponto de vista card�aco detectados entre os pacientes com COVID-19 tratados com hidroxicloroquina eram um "sinal de vigil�ncia significativo". "Os pacientes com COVID s�o mais fr�geis do ponto de vista cardiovascular e, portanto, s�o mais suscet�veis do que outras pessoas a ter problemas com medicamentos prejudiciais ao cora��o, como a hidroxicloroquina", disse � AFP Dominique Martin, diretor-geral da Ag�ncia.


Alguns pa�ses j� apostam na hidroxicloroquina: no Senegal, foi prescrita � metade dos pacientes hospitalizados; a Gr�cia reiniciou sua produ��o; o Marrocos quer us�-la para "casos confirmados"; e a Arg�lia, para "casos graves".


Na Fran�a, duas peti��es reuniram, cada uma, mais de 300.000 assinaturas a favor da amplia��o de sua prescri��o.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)