A justi�a de Nova York negou o pedido de liberdade para o ex-presidente da Conmebol, o paraguaio Juan �ngel Napout, de 61 anos, devido ao coronav�rus, mas afirmou que estudar� um regime de pris�o domiciliar sob pagamento de fian�a enquanto o r�u apela da decis�o.
Preso na Su��a em dezembro de 2015, Napout se declarou inocente diante de uma corte nova-iorquina de aceitar propinas milion�rias de empresas esportivas em trocas de contratos, mas foi declarado culpado por um juri popular dois anos depois. O ex-dirigente foi sentenciado a nove anos de pris�o em agosto de 2018.
Os advogados de Napout pediram a liberta��o do cliente por motivos humanit�rios devido � pandemia do coronav�rus, mas, como o pedido n�o foi aceito, buscam agora que o paraguaio cumpra a senten�a em pris�o domiciliar em Miami por seis meses, ou at� o an�ncio do resultado da apela��o.
"As pessoas na pris�o t�m um risco muito maior de contrair a doen�a", justificou o advogado de Napout, Marc Weinstein.
Ao fim de uma audi�ncia realizada por telefone devido ao coronav�rus, a ju�za federal do Brooklyn Pamela Chen, encarregada do caso de corrup��o na Fifa desvendado em 2015 pelo governo americano, declarou que tomar� uma decis�o sobre uma poss�vel pris�o domiciliar em um futuro pr�ximo.
O Minist�rio P�blico se mostrou contra a possibilidade de pris�o domiciliar, afirmando que Napout teria condi��es de fugir dos Estados Unidos.
Napout tomou a palavra brevemente para negar que pretendia fugir: "Nunca poderia ser um fugitivo, n�o � de minha natureza".
Ao sentenciar Napout em 2018, a ju�za Chen declarou que o ex-dirigente tinha "uma personalidade oculta" e "perpetuava a no��o de ser um cara legal ao mesmo tempo que recebeu 3,3 milh�es de d�lares em propina e aceitou receber outros 20 milh�es".
Em 30 de mar�o, em meio � pandemia, a ju�za Chen concedeu liberdade provis�ria por quest�es humanit�rias ao ex-presidente da CBF Jos� Maria Marin, de 87 anos, julgado no mesmo processo de Napout e condenado a quatro anos de pris�o.