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Estado de Minas

Desemprego por coronav�rus amea�a o combate � pobreza na China


postado em 12/04/2020 12:55

Milh�es de pessoas perderam seus empregos na China, comprometendo a ambiciosa promessa do governo de erradicar a pobreza extrema at� 2020, devido ao forte impacto das medidas com as quais o gigante asi�tico conseguiu conter o novo coronav�rus em seu territ�rio.

Depois de decretar, no final de janeiro, um confinamento que paralisou a economia, as autoridades agora tentam reativ�-la, mas h� complica��es e os trabalhadores sofrem as consequ�ncias.

Apesar de seus arranha-c�us e seu padr�o de vida que explodiu em 40 anos, a China continua sendo um pa�s em desenvolvimento. No interior, cerca de 5,5 milh�es de chineses ainda vivem abaixo da linha da pobreza extrema, estabelecido pelo governo em 2.300 yuanes (300 euros) por ano.

Mas com uma economia que desacelerou devido � COVID-19, a promessa do Partido Comunista (PCC) de alcan�ar uma "sociedade de classe m�dia" at� o final de 2020 � mais dif�cil de cumprir.

Num pa�s em que muitos desempregados n�o recebem qualquer aux�lio, um desemprego alto � a obsess�o do PCC, porque cria instabilidade social.

Segundo dados oficiais, a China registrou cinco milh�es de desempregados adicionais entre dezembro e fevereiro.

Segundo um indicador do grupo de m�dia chin�s Caixin, as empresas do setor de servi�os cortaram sua for�a de trabalho em mar�o com uma velocidade sem precedentes.

- Sem clientes -

Hu Fangdi, de 23 anos, perdeu o emprego em uma loja do aeroporto. "N�o havia clientes durante a epidemia. A empresa nos demitiu", explicou � AFP.

O mesmo aconteceu com Lily Han, de 24 anos, que trabalhou at� mar�o no departamento de vendas de uma empresa de tecnologia. Ela enviou mais de 300 curr�culos sem sucesso e diz que espera encontrar um emprego antes de junho.

Mas n�o � certo que a situa��o melhore at� l�, pois a economia de muitos pa�ses ainda est� paralisada por medidas de confinamento contra o v�rus e a demanda por produtos chineses entrou em colapso.

O banco Nomura, particularmente pessimista, estima a perda de empregos no campo de exporta��o na China em 18 milh�es, cerca de um ter�o da for�a de trabalho do setor.

Uma explos�o do desemprego tamb�m poderia causar um duro golpe no consumo, um dos motores do crescimento chin�s, diz o economista Louis Kuijs, da Oxford Economics.

A falta de liquidez � fortemente sentida nas empresas.

Zhao, empregado de uma empresa de constru��o de 28 anos, disse � AFP que seu empregador n�o paga sal�rios desde fevereiro.

"Tenho d�vidas. Ent�o minha fam�lia me ajuda a pagar o empr�stimo do apartamento e eu trabalho meio per�odo para cobrir minhas despesas di�rias. Mas isso cria muito estresse", disse ele.

Outras empresas n�o conseguiram reabrir devido aos bloqueios persistentes na China.

Os clientes de Eric Liu, dono de uma pizzaria em Pequim, n�o podem ir ao local, pois bairros inteiros do centro permanecem inacess�veis a n�o residentes. Ele ainda pode entregar em casa, mas seu faturamento caiu 90% e teve que cortar sal�rios.

Para aliviar as empresas, a cidade de Pequim permitiu que n�o pagassem contribui��es para a previd�ncia social.

Quanto aos migrantes que v�m do interior para trabalhar nas cidades, se perdem o emprego, voltam para casa e correm o risco de voltar � pobreza.

Liu Sihua, uma empregada dom�stica de 49 anos, est� presa em sua vila na prov�ncia de Anhui desde meados de janeiro. Sem sal�rio e sem subs�dio de desemprego.

"O dono do apartamento em Pequim n�o quer que voltemos, por medo do v�rus. E a fam�lia para a qual trabalhava retornou � Holanda e n�o sei quando eles retornar�o, porque a China agora pro�be a entrada de estrangeiros", explicou.

Para tentar compensar essa precariedade, as autoridades relaxaram as restri��es que normalmente regem a vida dos migrantes nas �reas urbanas e agora podem acessar com mais facilidade moradia, assist�ncia m�dica e educa��o em algumas cidades pequenas.


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