O presidente Jair Bolsonaro nomeou nesta ter�a-feira (28) um advogado de perfil moderado, Andr� Mendon�a, como novo ministro da Justi�a, e um amigo de sua fam�lia, Alexandre Ramagem, � frente da Pol�cia Federal (PF), que investigar� den�ncias contra ele.
Bolsonaro est� sendo investigado por um juiz do Supremo Tribunal Federal (STF), depois que o ex-ministro da Justi�a, S�rgio Moro, denunciou que o presidente tenta interferir politicamente nas investiga��es da PF.
Atual chefe da Ag�ncia Brasileira de Intelig�ncia (ABIN), Ramagem � agente da PF desde 2005. Aproximou-se de Bolsonaro em 2018, como chefe da equipe de seguran�a do ent�o candidato, depois que este foi apunhalado durante um ato de campanha.
Tornou-se ent�o assessor de confian�a na Secretaria do Governo e, em meados de 2019, foi designado chefe de Intelig�ncia.
De acordo com a imprensa brasileira, Ramagem � amigo de Carlos Bolsonaro, filho do presidente, que comandou a campanha do pai nas redes sociais e exerce at� hoje uma enorme influ�ncia no governo.
Ao ser questionado por um internauta sobre a indica��o de algu�m t�o pr�ximo de seu c�rculo familiar para o cargo de chefe da PF, Bolsonaro retrucou no domingo passado: "O que? Conhe�o Ramagem desde antes de conhecer meus filhos. Por isso deve ser vetado? Devo escolher o amigo de quem?".
A demiss�o do antigo chefe da PF, Mauricio Valeixo, provocou a ren�ncia de Sergio Moro do Minist�rio da Justi�a, ao qual a PF � subordinada.
Moro era o ministro mais popular do gabinete, identificado com a luta anticorrup��o por seu papel como juiz principal na Opera��o Lava Jato entre 2014 e 2018.
Em seu lugar, Bolsonaro nomeou o advogado Andr� Mendon�a que, al�m de ter uma s�lida carreira como jurista e advogado do Estado, � pastor auxiliar em uma igreja presbiteriana de perfil moderado, dentro do universo de igrejas evang�licas.
"Meu compromisso � continuar desenvolvendo o trabalho t�cnico que marcou minha vida", tuitou Mendon�a, ap�s ser confirmado no cargo.
Entre as investiga��es em andamento que preocupam Bolsonaro, ainda segundo a imprensa local, est� uma aberta em mar�o de 2019, que investiga campanhas de not�cias falsas ("fake news") para amea�ar, ou caluniar, ju�zes do Supremo que contrariaram projetos do presidente.