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Estado de Minas CORONAV�RUS

COVID-19: principal consultor m�dico do presidente dos EUA se coloca contra Trump sobre desconfinamento

Anthony Fauci dep�s no Senado e disse que, como pa�ses europeus est�o relaxando as medidas de controle, � arriscado para os EUA reabrir o com�rcio


postado em 13/05/2020 01:19 / atualizado em 13/05/2020 07:56

Anthony Fauci depôs em sessão no Senado e se colocou de forma contrária à vontade do presidente Trump(foto: POOL / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP)
Anthony Fauci dep�s em sess�o no Senado e se colocou de forma contr�ria � vontade do presidente Trump (foto: POOL / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP)

O principal consultor m�dico do presidente dos Estados Unidos alertou contra o desconfinamento precoce nesta ter�a-feira, quando v�rios pa�ses, incluindo R�ssia e �ndia, se uniram aos primeiros passos para voltar � normalidade ap�s a pandemia de coronav�rus.


Anthony Fauci, um epidemiologista de renome que assessora o governo de Donald Trump, alertou em uma audi�ncia no Senado americano sobre "s�rias consequ�ncias" de um desconfinamento muito r�pido em algumas partes do pa�s.


"Isso paradoxalmente nos faria retroceder, acrescentando mais sofrimento e mortes evit�veis", afirmou o m�dico em um momento em que seu pa�s registra o maior n�mero de falecimentos pela COVID-19, com cerca de 83.000 �bitos, entre os mais de 290.000 falecimentos no mundo.


A posi��o do especialista est� em contradi��o direta com o desejo de Trump de retomar a atividade econ�mica o mais r�pido poss�vel, depois que o confinamento gerou uma contra��o do PIB e um aumento do desemprego para 14,7%, um duro golpe para sua campanha em busca da reelei��o em novembro.


A opini�o de Fauci est� em sintonia com a Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS), que pediu na segunda-feira "ser extremamente vigilante" para evitar uma segunda onda de v�rus para o qual n�o h� vacina.


Um dia depois que a Fran�a e a Espanha relaxaram as medidas de isolamento ap�s dois meses, nesta ter�a-feira voltaram a funcionar creches e escolas francesas, com medidas de distanciamento e a obriga��o de os professores usarem uma m�scara.


A R�ssia aderiu ao levantamento das restri��es, apesar de ter mais de 232.000 casos confirmados e ficar atr�s dos Estados Unidos na lista dos pa�ses com os mais casos positivos da doen�a.


Nesta ter�a-feira, sal�es de cabeleireiros e parques reabriram dependendo das capacidades sanit�rias de cada regi�o, mas Moscou, o maior foco da epidemia com mais de 121.000 casos, estendeu o confinamento at� 31 de maio.


A Espanha, um dos pa�ses mais afetados pela pandemia, com mais de 26.000 mortes, decretou uma quarentena para todos os viajantes do exterior, restringindo tamb�m as chegadas dos pa�ses da �rea de livre circula��o europeia de Schengen.


At� agora, a pandemia matou pelo menos 290.477 pessoas e contaminou mais de quatro milh�es em 195 pa�ses e territ�rios, de acordo com o �ltimo relat�rio da AFP a partir de fontes oficiais.


Ap�s os Estados Unidos, os pa�ses mais afetados s�o o Reino Unido (32.692 mortes), It�lia (31.910 falecimentos) e Espanha e Fran�a, ambos com mais de 26.900 �bitos.


Sal�rio de emerg�ncia para a Am�rica Latina 


Diante de uma recess�o global sem precedentes, v�rios pa�ses buscam um equil�brio entre medidas sanit�rias e o renascimento da economia.


Nesse contexto de crise, a Uni�o Europeia busca uma tr�gua comercial com os Estados Unidos enquanto durar essa emerg�ncia.


O Peru tentar� reativar o turismo, permitindo a entrada gratuita em reservas naturais e s�tios arqueol�gicos, incluindo a cidadela inca de Machu Picchu, a funcion�rios p�blicos, crian�as e idosos do pa�s a partir de julho.


Para contornar a crise, a Am�rica Latina, um continente onde o emprego informal agrava a crise, a Cepal prop�s o pagamento de um aux�lio emergencial de 143 d�lares por seis meses a 215 milh�es de latino-americanos pobres.


"Se ficarmos em casa, o que vamos comer?", perguntou Cintia Suaya Zelaya, 24 anos, de Honduras, � AFP. Tanto ela como o marido, Obdulio Garc�a, saem �s ruas de Tegucigalpa todos os dias para pedir dinheiro, depois que ele perdeu o emprego como cobrador de �nibus quando o transporte parou de funcionar devido ao toque de recolher.


Com 12.461 das 20.000 mortes causadas pelo v�rus na regi�o, a situa��o do Brasil � acompanhada com "preocupa��o" pela Organiza��o Pan-Americana da Sa�de.


Em n�mero de �bitos, o gigante sul-americano est� muito � frente do segundo e terceiro pa�ses mais afetados: M�xico (3.573 falecimentos) e Equador (2.327).


A OPAS disse que os sistemas de sa�de do Rio de Janeiro e Lima est�o "no limite".


Nesse contexto, a Col�mbia anunciou que aumentaria a presen�a militar na regi�o amaz�nica que faz fronteira com o Brasil e o Peru, e o presidente da Venezuela, Nicol�s Maduro, anunciou que estender� o estado de "alarme" por mais 30 dias, prolongando a quarentena.


San��es contra a China 


A crise econ�mica global e a busca para aliviar os cidad�os se tornaram uma quest�o global.


Nos Estados Unidos, a C�mara dos Representantes, controlada pelos democratas, introduziu um novo pacote de tr�s bilh�es de d�lares para ajudar as fam�lias a lidar com pagamentos de hipotecas e alugu�is, que se une a outros planos de est�mulo j� aprovados de quase tr�s trilh�es de d�lares.


Esse movimento encontrou oposi��o direta dos republicanos, que defendem a imposi��o de san��es � China por n�o ter sido transparente sobre a epidemia que come�ou em Wuhan em dezembro.


O retorno � normalidade est� longe ainda nos Estados Unidos, o que fica claro com o an�ncio de que os teatros de rua da Broadway em Nova York s� poder�o abrir em setembro, e quando a cidade de Los Angeles, no outro extremo do pa�s, informa que pretende prolongar algumas medidas de confinamento at� julho.


Na �ndia, cerca de trinta trens de passageiros (uma pequena parte do tr�fego no hor�rio normal) come�aram a circular novamente entre Nova D�lhi e algumas grandes cidades, com passageiros obrigados a usar m�scaras faciais, passar por verifica��es de controle de temperatura e uma proibi��o de viagem em caso de sintomas.


O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, anunciou um plano de est�mulo de 250 bilh�es d�lares para lidar com a desacelera��o da economia.


Um balan�o mais alto do que o esperado 


Na cidade chinesa de Wuhan, epicentro da epidemia, as autoridades voltaram a realizar testes em seus cerca de 11 milh�es de habitantes, ap�s o surgimento de um novo surto de COVID-19, informaram v�rios meios de comunica��o nesta ter�a.


Nesta ter�a-feira, Fauci alertou que o n�mero de mortos pode ser maior do que os n�meros oficiais, citando como exemplo Nova York, onde pode haver casos de pessoas que morreram de coronav�rus em suas casas, devido � satura��o dos servi�os de sa�de.


A falta de testes laboratoriais significa que em quase todos os lugares os balan�os est�o incompletos.


Segundo um estudo, o v�rus j� estava circulando no Brasil no in�cio de fevereiro, antes do carnaval e do an�ncio oficial do primeiro caso.


Enquanto isso, o museu de Londres est� projetando uma reflex�o sobre como esse per�odo da hist�ria ser� lembrado, e por isso come�ou a coletar objetos que possam explicar a vida cotidiana durante a pandemia, de chinelos para andar em casa a agulhas para tricotar e passar o tempo.


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