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Estado de Minas

Coronav�rus avan�a perigosamente na Am�rica Latina e Brasil registra recorde de mortes


postado em 22/05/2020 12:31

A pandemia de coronav�rus, que contaminou mais de cinco milh�es de pessoas no mundo, est� avan�ando com velocidade alarmante na Am�rica Latina, particularmente no Brasil, onde as 20.000 mortes foram superadas, mas tamb�m em pa�ses como Peru, Chile e Argentina.

Nos Estados Unidos, o pa�s mais afetado pela COVID-19, onde mais de 94.000 pessoas morreram oficialmente pela doen�a, as bandeiras ficaram a meio mastro at� domingo.

A China, onde o v�rus apareceu em dezembro e que Washington acusa de ser respons�vel por um "massacre mundial", proclamou nesta sexta-feira seu "grande sucesso" na luta contra o v�rus mortal.

Na Europa, onde mais de 170.000 pessoas morreram, um desconfinamento avan�a de forma lenta, mas as medidas de precau��o est�o se multiplicando.

- "O pavor tamb�m mata" -

O Brasil superou na quinta-feira as 20.000 mortes por coronav�rus, depois de registrar 1.188 �bitos em 24 horas, n�mero recorde, segundo dados do Minist�rio da Sa�de, que confirmam a acelera��o da pandemia.

Com 57% dos mortos na regi�o, o pa�s � de longe o mais afetado da Am�rica Latina. Tamb�m � o terceiro em n�mero de cont�gios no mundo, com 310.087 casos (18.508 a mais do que na quarta-feira), atr�s dos Estados Unidos e da R�ssia.

De acordo com analistas, o n�mero real de infec��es pode ser at� 15 vezes superior, por causa da falta de testes.

O Brasil tamb�m vive dias de forte confus�o pol�tica, devido a diverg�ncias entre a maioria dos governadores, favor�veis a medidas de confinamento, e o presidente Jair Bolsonaro, que as critica por seu impacto econ�mico.

"Morre muito mais gente de pavor do que do ato em si. Ent�o o pavor tamb�m mata, leva ao estresse, ao cansa�o, a pessoa n�o dorme direito, fica sempre preocupada, (pensando) 'se esse v�rus pegar vou morrer'", disse o presidente na quinta-feira.

Uma reuni�o por videoconfer�ncia entre Bolsonaro e os governadores pareceu, no entanto, aproximar as posi��es.

"O Brasil precisa estar unido. A exist�ncia de uma guerra, como j� foi dito aqui, coloca todos em derrota. Vamos em paz, presidente, vamos pelo Brasil e vamos juntos", declarou o governador de S�o Paulo, Jo�o Doria, ressaltando que o pa�s enfrenta ao mesmo tempo o coronav�rus e o "bolsonarov�rus".

Ao contr�rio do que acontece em pa�ses como Espanha, ou It�lia, no Brasil, o coronav�rus mata muito mais jovens. Apenas 69% dos mortos t�m mais de 60 anos de idade, enquanto na Espanha e na It�lia 95% das mortes foram registradas em pessoas mais idosas.

Na Am�rica Latina, mais de 34.000 pessoas morreram de coronav�rus, e 617.000 casos foram registrados.

Dada a r�pida progress�o da pandemia na regi�o, os presidentes de Peru, Col�mbia, Chile e Uruguai se reuniram em videoconfer�ncia para tomar medidas diante da crise.

Al�m das perdas humanas, as repercuss�es econ�micas da pandemia ser�o enormes. Um relat�rio da Comiss�o Econ�mica para a Am�rica Latina e o Caribe (Cepal) e da Organiza��o Internacional do Trabalho (OIT) publicado na quinta-feira estima que a pandemia ir� gerar 11,5 milh�es de desempregados na regi�o em 2020. E a contra��o da economia ser� de 5,3%, a pior desde 1930.

No Peru, o segundo pa�s da regi�o em n�mero de infec��es e terceiro em mortes, houve cerca de 110.000 casos e mais de 3.100 �bitos.

A maioria dos hospitais de Lima est� � beira do colapso, informou ontem o �rg�o que supervisiona o respeito pelos direitos humanos.

As unidades de sa�de "carecem de equipamentos de biosseguran�a para os funcion�rios, leitos de UTI [Unidade de Terapia Intensiva], ventiladores mec�nicos, oxig�nio, testes de descarte, entre outros dispositivos e suprimentos", afirmou o escrit�rio.

- Contaminados e deportados -

No Chile, pa�s de 18 milh�es de habitantes e com mais de 57.000 casos, as mortes aumentaram 29% nas �ltimas 24 horas, chegando a 589.

"� uma grande batalha da qual ningu�m pode se escapar", disse o ministro da Sa�de, Jaime Ma�alich.

Muitos habitantes romperam o confinamento nos �ltimos dias para protestar por ajuda alimentar. A epidemia fez o desemprego disparar e a fome atinge os bairros mais pobres.

A Argentina tamb�m registrou um grande aumento de casos. Cerca de 90% das infec��es est�o em Buenos Aires e em sua periferia. O saldo de falecidos no pa�s � 416.

Na Guatemala, o presidente Alejandro Giammattei repreendeu o governo de Donald Trump por deportar migrantes infectados.

"Entendemos que os Estados Unidos querem deportar pessoas, entendemos isso, mas o que n�o entendemos � que eles nos enviem voos contaminados", afirmou.

No Haiti, na maior pris�o de Porto Pr�ncipe, superlotada e insalubre, h� prisioneiros que deram positivo para o coronav�rus, disse o diretor da institui��o carcer�ria � AFP.

"Travamos uma dura batalha para impedir isso, mas infelizmente aconteceu", afirmou Charles Nazaire Noel.

Nos Estados Unidos, o balan�o se aproxima de 95.000 mortes, e os saldos di�rios permanecem altos (1.255 mortes em 24 horas, de acordo com uma contagem da Universidade Johns Hopkins).

O secret�rio do Tesouro, Steven Mnuchin, afirmou que novos fundos de apoio ser�o necess�rios dentro de algumas semanas. A Executivo e o Congresso j� mobilizaram quase tr�s trilh�es de d�lares desde mar�o.

- Sem clientes na It�lia -

Na Europa, pa�ses como Fran�a, It�lia, ou Espanha, est�o progredindo lentamente para sair do confinamento.

Ap�s dois meses em casa, os italianos recuperam gradualmente sua liberdade. Insatisfeitos com a ajuda alocada e irritados pelas diretrizes pouco claras, muitos comerciantes se recusam, por�m, a abrir suas lojas, apesar do pedido do governo de revitalizar o setor.

"Mesmo que estivesse aberto, n�o trabalharia, porque n�o h� clientes, nem turistas. Os italianos em geral n�o querem ir aos restaurantes por enquanto", explica Pietro Lepore, propriet�rio do Bar Harry, no cora��o de Roma.

O ministro da Economia da Fran�a, Bruno Le Maire, alertou que os franceses devem se preparar para que a crise relacionada ao coronav�rus cause "fal�ncias e demiss�es nos pr�ximos meses".

A Fran�a anunciou que o segundo turno das elei��es municipais, adiado pela epidemia, ocorrer� em 28 de junho.

J� a R�ssia registrou seu maior n�mero de mortos em 24 horas, 150, e o governo alertou que espera um n�mero "significativo" de mortes em maio. O pa�s j� tem mais de 317.000 casos e 3.099 mortes, segundo dados oficiais.

O PIB deve se contrair 9,5% no segundo trimestre, segundo estimativas divulgadas na quinta-feira.

A China voltou a responder �s cr�ticas dos Estados Unidos, e o primeiro-ministro Li Keqiang disse nesta sexta-feira que seu pa�s teve "grande sucesso estrat�gico" no combate � doen�a.

Em seu discurso de abertura da sess�o anual do Parlamento, Li enfatizou a "imensa tarefa" que resta pela frente. E, pela primeira vez em sua hist�ria recente, Pequim n�o estabeleceu uma meta de crescimento para este ano, pois atualmente � incapaz de calcular o impacto da pandemia.


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